Investigação da toxicidade genética de produtos naturais através de bioensaios de curta duração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cruz, Marina Sampaio de Menezes
Orientador(a): Amaral, Viviane Souza do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20332
Resumo: Os produtos naturais derivados de plantas servem de matéria-prima para a síntese de fitoterápicos, sendo amplamente utilizados por várias populações em todo o mundo. Dentre estes compostos, destacam-se as saponinas e seus metabólitos. Seu intenso uso é decorrente de suas propriedades bioativas, somado a sua similaridade estrutural a hormônios. As saponinas derivam-se em sapogeninas, como, por exemplo, a Diosgenina e a Hecogenina. Além de serem utilizadas na indústria farmacêutica para a produção de hormônios e anti-inflamatórios esteroidais, estas duas sapogeninas também são empregadas como fitoterápicos, estando presentes também em vegetais que compõem a dieta de muitas populações. Apesar da vasta utilização destes compostos, existe uma falta de informações sobre a toxicidade genética, o que torna o consumo destas sapogeninas um risco para as populações. Diante deste contexto, o presente trabalho apresentou como objetivo investigar as potencialidades tóxicas, em nível celular e de DNA, da Diosgenina e da Hecogenina. Ensaios em células HepG2 para a avaliação da citotoxicidade, genotoxicidade, e mutagenicidade foram realizados. Considerando os resultados obtidos com a Diosgenina, esta sapogenina revelou efeito citotóxico em concentrações acima de 30 M, assim como induziu significativamente incrementos na frequência de danos no DNA e de micronúcleos. Por outro lado, a Hecogenina somente se revelou citotóxica acima de 150 M, porém em concentrações abaixo deste valor, foi capaz de induzir danos ao material genético sem promover um aumento na frequência de micronúcleos. A análise do conjunto destes dados sugere que o consumo de alimentos, fitoterápicos ou de medicamentos que contenham a Diosgenina na sua composição apresenta um risco maior de toxicidade, quando comparados com as formulações a base de Hecogenina, uma vez que a Diosgenina apresenta um potencial mutagênico demonstrado por meio de um aumento significativo na frequência de micronúcleos que são biomarcadores de instabilidade genômica.