Market timing e criação de valor para o acionista sob a perspectiva da retenção de caixa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Januário, Alessandro Henrique de Araújo
Orientador(a): Tavares, Adilson de Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44518
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo investigar a relação entre a retenção de caixa e a criação de valor para os acionistas das empresas que utilizam o IPO como momento oportuno para o comportamento de market timing no mercado acionário brasileiro. A amostra do estudo consistiu em 108 empresas não financeiras listadas na B3 que realizaram IPO entre 2004 e 2017, segregadas em dois grupos, timers e non-timers de mercado. No total, 202 IPOs ocorreram no decorrer do período delimitado, ademais, o comportamento do caixa foi analisado durante os oito trimestres subsequentes aos IPOs, resultando em 864 observações. Para atingir o objetivo, foram propostos dois modelos econométricos, um para cada hipótese formulada, e o método de análise de dados utilizado foi a regressão em painel dinâmico com estimadores GMM-Sys de um estágio. Os dados financeiros, necessários para os cálculos das variáveis que compuseram os modelos econométricos, foram coletados por meio da base Thomson Reuters Eikon®. As evidências da estimação do Modelo I confirmaram a primeira hipótese, ou seja: timers de mercado retêm mais caixa que non-timers. Por sua vez, as evidências da estimação do Modelo II rejeitaram a segunda hipótese, isto é: não há relação positiva entre retenção de caixa e criação de valor para os acionistas das empresas timers de mercado. Assim, apesar de reter mais caixa que os non-timers, as empresas timers de mercado apresentaram redução do valor criado para os acionistas. É possível inferir que tal resultado derive do alto custo de oportunidade do caixa ocioso, pois, como o market timing trata-se de uma prática oportunista, os gestores não têm destinação imediata para o recurso constituído.