"Vender as carnes": prostituição no litoral norte paraibano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Lívia Freire da
Orientador(a): Schwade, Elisete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20813
Resumo: Esta dissertação tem o objetivo de contribuir para reflexões sobre a prostituição feminina no Litoral Norte paraibano nas regiões específicas da Baía da Traição e aldeias indígenas Potiguara, região de constante fluxo cultural entre indígenas e não indígenas. Nesse aspecto pretendo analisar os trânsitos, as fronteiras do corpo, da sexualidade, identitárias e étnicas como categoria central para entendimento das práticas da prostituição que inauguram a possibilidade de estudar as relações de gênero em lugares borrados, fronteiriços, misturados. De maneira específica, discuto a experiência do gênero articulada nas fronteiras entre o urbano e o rural, indígena e não indígena, o mostrar e esconder, visível e não visível. Analiso as relações sociais entre as mulheres que se prostituem e a comunidade que habitam, a mobilidade, as trocas econômicas e simbólicas, conflitos e situações de violência, uma vez que o ambiente social é permeado por estas dimensões e o trajeto dessas mulheres abarca conjunturas complexas e particulares. Analiso o fluxo interétnico e de pessoas e as relações que se constroem de modo distinto dentro e fora da comunidade indígena, analiso como as mulheres que se prostituem constroem suas identidades indígenas e de prostitutas. Analisarei a mobilidade presente nas relações de prostituição e o porquê da mobilidade, as mulheres indígenas que se prostituem evitam esta prática na área indígena a fim de resguardar suas identidades devido a comunidade ser pequena, ainda existe o receio diante da probabilidade de fofocas e mal estar na comunidade. Contudo, a região caracteriza-se como um todo heterogêneo, sendo necessária uma análise processual para abranger toda a especificidade destas práticas na área abordada.