Uma viagem sobre duas rodas: das ruas de Angola para a sala de aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bezerra, Lianeide Mayara
Orientador(a): Dias, Valdenides Cabral de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS – PROFLETRAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25573
Resumo: A bicicleta que tinha bigodes, romance do escritor angolano Ndalu de Almeida, mais conhecido como Ondjaki, conta a história da cidade de Luanda no período pósguerra por meio das memórias de infância dos meninos da rua. Essa história serve como pano de fundo para a realização da sequência básica – de acordo com as concepções de Cosson (2014) – desenvolvida com os alunos do 7º ano do ensino fundamental de uma escola da rede pública municipal de ensino de Serra Caiada – RN. O objetivo deste trabalho é investigar de que maneira a literatura africana de língua portuguesa, mais especificamente a angolana, pode contribuir para a aceitação e valorização da história e da cultura afro-brasileira e africana por parte dos alunos. A problemática foi escolhida tendo por base o fato de que apesar de já ter passado mais de uma década da promulgação da Lei 10.639/2003, que institui o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana em todos os estabelecimentos de ensino, são poucas as instituições em que esta lei está, realmente, efetivada. A metodologia utilizada neste trabalho é qualificada como pesquisa-ação – de acordo com as proposições de Thiollent (2011) – tendo em vista que esta se caracteriza pela participação dos alunos envolvidos na pesquisa e, principalmente, pela resolução de um problema de forma colaborativa. Como referencial teórico, usamos as concepções de Cavalleiro (2001), Munanga (2005; 2012) e Praxedes e Praxedes (2014), autores que discutem, dentre outras coisas, a importância da educação para as relações étnico-raciais e a efetivação da Lei 10.639/2003. Sua relevância consiste em debater este assunto tão importante para professores e alunos e cooperar com as reflexões em sala de aula, numa perspectiva inclusiva, minimizando os efeitos do racismo, da discriminação e do preconceito na escola.