No escuro do cinema: interpretações da visibilidade homoerótica masculina em três filmes norte-americanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nunes, Kênia Almeida
Orientador(a): Santana, Gilmar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26399
Resumo: Esta tese possibilitou uma investigação teórica e metodológica dentro da área da Sociologia do Cinema mediante uma reflexão em torno de três obras cinematográficas produzidas nos Estados Unidos da América. Os filmes Parceiros da noite (William Friedkin, 1980), Meu querido companheiro (Norman René, 1989) e Filadélfia (Jonathan Demme, 1993) foram os trabalhos pesquisados com o intuito de analisar discursos que atravessam e constroem o conceito de visibilidade dos perfis das personagens homoeróticas em cada contexto fílmico. Nesse caso, atentando para as várias possibilidades de sua leitura, buscou-se analisar sua abordagem em um filme que antecede a descoberta da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), seguido de outros dois que tratam diretamente dessa temática ligada às relações homoeróticas. A construção teórica desta tese se alicerçou primeiramente na pesquisa bibliográfica, entendida por Lakatos e Marconi (1992) como o levantamento de materiais já publicados sobre o tema. Posteriormente a essa fase, ponderou-se os dados colhidos nos espaços investigados mediante a análise de discurso desenvolvida por Bakhtin (2011), como método de interpretação dos sentidos que os filmes desenvolvem em torno do tema da visibilidade das personagens homoeróticas masculinas. Por meio dos métodos e das leituras de teóricos como Louro (2000; 2008; 2013; 2015), Aumont (2004; 2008; 2012), Perlongher (1987), Trevesian (2000), Rubin (1993), Williams (1979; 2010), pôde-se perceber que o perfil das personagens homoeróticas nos três filmes é marcado pelo contexto histórico e moral da linguagem e do modelo social, cultural e político da heteronormatividade.