Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Jonalson Nogueira |
Orientador(a): |
Uchôa, Adriana Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20329
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Resumo: |
Sementes de plantas são reservatórios de moléculas com grande potencial para elaboração de bioprodutos e por este motivo uma especial atenção tem sido direcionada na busca de proteínas bioativas com ação antimetabólica e propriedades farmacológicas. As lectinas de plantas são proteínas com atividades biológicas relacionadas a defesa, mas que podem ser utilizadas, heterologamente, como interferentes no metabolismo de outros organismos. Uma lectina das sementes de Canavalia maritima (CML) foi purificada em dois passos, pelo fracionamento com sulfato de amônio seguido pela cromatografia de afinidade em coluna Sephadex G- 50. CML foi analisada por SDS-PAGE e parte de sua sequência de aminoácidos determinada por espectrometria de massas. Os 20 resíduos identificados apresentaram 100% de identidade com ConM. ConM foi testada contra eritrócitos do sangue periférico humano e foi constatado a ausência de toxicidade quando incubados com até 1000 µg/mL da proteína. Já contra células mononucleares, a lectina não foi significativamente tóxica nas concentrações de 1, 2,5 e 5 µg/mL, mas o foi a partir da concentração 7 µg/mL e contra a linhagem RAEC a proteína não apresentou toxicidade significante com 25 µg/ml da proteína. Outros ensaios de citotoxicidade revelaram que a ConM é tóxica para as linhagens tumorais A549, 786- 0, HT-29 e HeLa no intervalo entre 24 e 72 horas, principalmente nas concentrações de 5, 7 e 10 µg/ml. ConM foi capaz de aglutinar as formas promastigotas de Leishmania spp na concentração de 6,25 µg/ml. Quanto a ação contra Candida spp, nenhuma das concentrações testadas (1 a 500 µg/ml) foi capaz de interferir no crescimento. Quando avaliada a atividade bacteriostática, a ConM nas concentrações variando de 0,39 a 400 µg/ml não inibiu o crescimento de Escherichia coli, já para Staphylococcus aureus a concentração de 25 µg/ml se mostrou ativa, reduzindo o crescimento em 75 %. Com base nos dados obtidos, a lectina isolada corresponde a uma isolectina do tipo ConA, e suas propriedades anti-tumoral, bacteriostático e aglutinante para Leishmania precisam ser melhor investigados para que seu potencial biotecnológico seja explorado. |