Validação do diagnóstico de enfermagem risco de olho seco em pacientes adultos internados em unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Botareli, Fabiane Rocha
Orientador(a): Vitor, Allyne Fortes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22709
Resumo: Objetivou-se validar o diagnóstico de enfermagem Risco de olho seco em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Trata de um e 1) Construção das definições conceituais e operacionais dos fatores de risco do olho seco; 2) Validação clínica do diagnóstico de enfermagem Risco de olho seco. A primeira etapa foi operacionalizada por meio de revisão integrativa para construção das definições conceituais e operacionais dos fatores de risco para o olho seco e subsidiou a etapa de validação clínica. Esta foi operacionalizada por meio de um estudo de coorte prospectivo Definiu-se a amostra de 69 pacientes com tempo de coleta de 7 meses. Critérios de inclusão: pacientes sem olho seco na admissão, idade maior ou igual de 18 anos e tempo de internação maior que 24 horas. Critérios de exclusão: diagnóstico prévio de doenças da superfície ocular, cirurgias faciais e uso de qualquer tipo de medicamento ocular tópico. A avaliação aconteceu diariamente e com tempo de seguimento de até cinco dias. O desfecho de olho seco foi estabelecido por critérios clínicos e teste de Schirmer. Os dados descritivos foram analisados por meio de frequências simples, média, mediana, desvio padrão e coeficiente de variação. As medidas de associação entre as variáveis de desfecho e preditoras foram calculadas pelo teste qui-quadrado e teste exato de Fisher. O nível de significância adotado foi de 5%. A medida de associação entre exposição e desfecho utilizada foi o Risco Relativo. Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 75,36% dos pacientes tiveram olho seco e 24,64% o diagnóstico de enfermagem Risco de olho seco. A etapa 1 do estudo permitiu o refinamento dos fatores de risco para os pacientes internados em UTI e construiu as definições constitutivas e operacionais para padronização da validação clínica. Os fatores de risco validados na etapa 2 foram: lagoftalmia (p <0,041; RR=3,51); ventilação mecânica invasiva (p<0,002; RR=2,18), quemose (<0,06; RR=4,94), ausência ou redução do reflexo espontâneo de piscar (p<0,037; RR=0,60); analgésicos opióides (p< 0,001; RR=17,50); sedativos (p<0,001; RR=10,83); antibióticos (p< 0,029; RR=7,69); vasodilatadores (p< 0,019; RR=0,19). Os resultados possibilitaram a revisão do diagnóstico de enfermagem e sugeriu a mudança do termo olho seco para ressecamento ocular. Além disso, baseados nas evidências apresentadas dos critérios definidos para o desfecho de ressecamento ocular (hiperemia conjuntival: RR=18,37; secreção mucosa: RR=12; teste de Schirmer: RR=0,35; todos com p <0,001) foi proposto um novo diagnóstico de enfermagem Ressecamento ocular. Portanto, acredita-se que este estudo é inovador para o avanço do conhecimento sobre a temática e para o aperfeiçoamento e validação do uso da taxonomia da NANDA-I por enfermeiros que atuam neste cenário, com vistas a proporcionar subsídio para avaliação ocular precisa, acurácia na inferência do diagnóstico em questão, predição de risco como adoção de medidas de prevenção e monitoramento de complicações.