Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Diogo Bernardino Santos de |
Orientador(a): |
Diniz, Marco Túlio Mendonça |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28136
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Resumo: |
A cadeia dos acontecimentos naturais e antrópicos imprimiram uma paisagem díspar no seio do Semiárido Brasileiro: o Seridó Potiguar. A região se apresenta destacada de suas adjacências pelas particularidades físico-naturais e socioculturais que se manifestam tridimencionalmente indissociadas em sua superfície. Para além disso, o que se nos parece uniforme/homogêneo, quando aguçadas as observações e a escala de abordagem, deslinda-se como um verdadeiro mosaico paisagístico complexo, cujas estrutura e dinâmica, considerando cada geofácie componente, traduzem fielmente os detalhes desse chão e povo. Compartimentar essas unidades de paisagem (geofácies) e realizar uma análise integrada multiescalar (da zona climática às fácies fisionômicas) de suas dinâmicas socioambientais constituíram o fito deste trabalho. Antes, porém, implicou-se conhecer profundamente a epistemologia geográfica capaz de fornecer a óptica adequada para tal. A teoria geossistêmica, do geógrafo francês Georges Bertrand, serviu-nos, justamente, como esse prisma teórico-metodológico, permitindo-nos perceber/analisar sistemicamente a paisagem, sobretudo a partir do geofácie (abstração), um setor fisionomicamente homogêneo na superfície, segundo seu sistema taxonômico. As categorias de análise “Dinâmica Temporal e Espacial da Paisagem”, “Tipologia Ecodinâmica da Paisagem” e “Cartografia das Paisagens”, preconizadas em tal concepção teóricometodológica, foram tomadas para este estudo com as adaptações reputadas necessárias, baseando-se em trabalhos que já se empenharam em discuti-las e aplicá-las. As técnicas e procedimentos empreendidos nesta pesquisa são referentes, principalmente, à modelagem cartográfica em ambiente virtual de Sistemas de Informações Geográficas. Em suma, partindose de contribuições cartográficas antecedentes para táxons superiores no Rio Grande do Norte (domínio, região natural, geocomplexo), realizou-se a vetorização manual, por fotointerpretação/teledetecção, das quebras de paisagem, na escala de 1:50.000, em imagens orbitais Sentinel-2, com resolução espacial de 10 metros e composição colorida real R04G03B02. Isso se deu a partir da construção de fichas de interpretação indutiva, que permitiram, a partir da determinação de poucos casos (geofácies) e suas validações em campo (com auxílio de ficha de campo), atribuir uma generalização para compartimentos de mesma fisionomia. Os dados obtidos possibilitaram elaborar um modelo cartográfico que apontou para a existência de 30 (trinta) diferentes geofácies no Seridó Potiguar, os quais tiveram sua dinâmica e elementos distintivamente paisagísticos sintetizados (análise sistêmica), em texto, com base na articulação de conhecimentos empíricos e de literatura temática. Por fim, os resultados foram avaliados qualiquantitativamente, em termos de extensão espacial, absoluta e relativa, de modo que foi possível empreender complementos e maior robustez às hipóteses de fisionomia e fisiologia das unidades identificadas, estabelecendo uma espécie de diagnóstico panorâmico de situação espacial, temporal e ecodinâmica das paisagens seridoenses. Destarte, reputa-se que a metodologia empregada permitiu avançar nos conhecimentos geossistêmicos do Seridó, em relação a trabalhos anteriores, ao passo que se expecta que essas contribuições atinjam, minimamente, o fim último de tornar, pelas vias virtuosas da ciência, a vida sertaneja gradualmente mais congruente com o seu meio, mormente, no sertão seridoense. |