Variabilidade fenotípica e genotípica do camarão Macrobrachium jelskii (Miers, 1877) das Bacias do Nordeste Brasileiro: uma abordagem de sistemática integrativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moraes, Sávio Arcanjo Santos Nascimento de
Orientador(a): Freire, Fulvio Aurélio de Morais
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23465
Resumo: Macrobrachium jelskii é uma espécie de ampla distribuição no nordeste brasileiro, e ocorrendo em toda América do Sul. Contudo, nenhum estudo acerca a filogeografia, variações morfológicas locais e variabilidade genética das populações desta espécie foi efetuado. Esta espécie de camarão, pode revelar informações importantes sobre o padrão de dispersão e vicariantes correlatos à cenários de arranjos tectônicos pretéritos e outros eventos que possam ter influenciado a biogeografia dos taxa aquático. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo investigar a diversidade fenotípica e molecular das populações do camarão Macrobrachium jelskii, nas ecorregiões Nordeste Médio Oriental, Maranhão Piauí e São Francisco, frente a influência de cenários pretéritos e respostas ambientais locais. Este trabalho utilizou uma abordagem de Sistemática integrativa, a morfometria geométrica multivariada, análises filogenéticas e de estruturação genética. A morfometria geométrica, revelou dimorfismo sexual evidente, em que fêmeas apresentaram cefalotórax e abdômen mais estirados horizontalmente. Isto, possivelmente, favorece o desenvolvimento gonadal, vitelogênese e armazenamento dos ovos. Abstração da forma dos três planos corporais não demostrou um consenso acerca da estruturação das populações entre de M. jelskii no Nordeste Brasileiro. Tal fato corrobora com a baixa diversidade nucleotídica e haplotípica, em que foi relatado apenas um haplótipo compartilhado entre as populações das bacias. Assim, ratificando a possibilidade de introdução da espécie nos corpos d’água do Nordeste pelo DNOCS. Em adição, os dados genéticos relataram a presença de ruídos e picos duplos no eletroferograma, que representa co-amplificação de pseudogenes mitocondriais da região Citocromo Oxidase I, pouco relatadas na literatura para o gênero Macrobrachium. Este fato abre um precedente de desconfiança para relações filogenéticas e filogeográficas publicadas, recentemente que não retratam isto. Sabendo que esta característica pode gerar uma superestimação de linhagens evolutivas e, assim, conclusões errôneas sobre eventos dispersivos, vicariantes ou de especiação, se faz de suma importância retratar os casos de pseudogenes e a utilização de iniciadores específicos para cada táxon.