Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Jefferson Eduardo da Paz |
Orientador(a): |
Pellejero, Eduardo Anibal |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24037
|
Resumo: |
Esta dissertação tem como tema a tensão entre Maurice Blanchot e Jean-Paul Sartre quanto ao aspecto ético, político e filosófico da literatura. Entendemos que essa tensão faz parte da subjetividade artística moderna, tendida entre a liberdade de recusa soberana e a aceitação do compromisso com a história, de modo que ambos os autores acirram essa contradição da literatura. Se, por um lado, Blanchot (2011b) afirma que a literatura é a porta para uma experiência além dela mesma, experiência que busca tornar a morte possível, Sartre (2004) afirma que a literatura é o âmbito de uma relação entre liberdades onde tem lugar uma dialética fundamental que implica a tomada de consciência. Ambos os autores concebem a realidade humana como negatividade, por isso a importância de Hegel como fundo comum de onde a tensão emerge. A filosofia hegeliana, através dos cursos de Alexandre Kojéve (2012), com sua ênfase na ideia de morte, terá em Blanchot uma rearticulação sem a qual não poderíamos compreender suas ideias sobre a literatura. Em Sartre, a filosofia hegeliana é igualmente importante, uma vez que suas ideias sobre o existencialismo articulam não apenas a fenomenologia husserliana e o marxismo (posteriormente), mas a dialética da negatividade e do universal concreto. Para Blanchot, a literatura manifesta uma liberdade absoluta, uma interrogação radical que põe em causa todos os projetos humanos. Para Sartre, essa liberdade absoluta, que pode ter sido o afã do surrealismo, é concebida como tentação da irresponsabilidade. A literatura permanece o lugar de uma ambiguidade que está presente nos dois autores. |