Resíduos industriais e eletrônicos como alternativa para fabricação de sensores eletroquímicos sustentáveis: aplicações na determinação de espécies de interesse clínico e ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Melo, Jaqueline Ferreira de
Orientador(a): Huitle, Carlos Alberto Martinez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Química
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55145
Resumo: O aumento na geração de resíduos sólidos demanda a busca por soluções que contribuam com a gestão responsável desses resíduos, minimizando o impacto ambiental e agregando valor a esses materiais. Diversas estratégias têm sido empregadas no uso desses rejeitos, entre elas a fabricação de sensores eletroquímicos de baixo custo. Esse trabalho focou no desenvolvimento de sensores eletroquímicos sustentáveis por meio do reaproveitamento de resíduos sólidos, para quantificação de paracetamol e isoniazida em formulações farmacêuticas e os metais pesados Pb(II) e Cd(II) em meio aquoso. Duas abordagens principais foram exploradas: a utilização de nanomateriais de carbono, obtidos a partir de rejeitos da indústria alimentícia e a reutilização de microchips, provenientes de lixo eletrônico. Em uma primeira etapa, óxido de grafeno reduzido (r-rGO) foi sintetizado e empregado na modificação de um eletrodo de carbono vítreo (r-rGO/GCE), aplicado na determinação de paracetamol com taxas de recuperação do princípio ativo no fármaco dentro dos limites estabelecidos para controle de qualidade. Na segunda abordagem, microchips foram empregados na fabricação de arranjo de microeletrodos de ouro (Au-µEA), modificados com filme de bismuto (BiF/Au-µEA) e aplicados na detecção de Cd(II) e Pb(II), com avaliação e otimização dos efeitos das variáveis, que atuam na resposta voltamétrica, através de planejamentos experimentais. Os resultados demontram que o sensor fabricado provou ser apropriado para detecção de Cd(II) e Pb(II), exibindo uma resposta linear para Cd(II) 0,5 a 13 µmol L−1 e 1,5 a 13 µmol L−1 para Pb(II). Um terceiro enfoque consistiu na modificação da superfície dos microchips através de estruturas nanoporosas de ouro (NPG/µEA) para quantificação do fármaco isoniazida. O sensor modificado apresentou maior atividade eletrocatalítica em comparação com os microeletrodos de ouro convencionais, permitindo quantificar o analito na faixa de 10 a 300 µmol L−1. Desse modo, as metodologias eletroanaliticas empregadas, demonstraram a possibilidade de desenvolvimento de sensores eletroquímicos a partir do reaproveitamento de resíduos sólidos. Esses sensores contribuem para a redução do desperdício, o uso mais eficiente dos recursos e a promoção de uma abordagem mais sustentável na fabricação de dispositivos analíticos.