A prática do aleitamento materno exclusivo na concepção de mulheres no interior do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Nayara Medeiros
Orientador(a): Medeiros Júnior, Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO NORDESTE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/30012
Resumo: Introdução: O Aleitamento Materno Exclusivo (AME) é uma das prioridades de saúde pública no Brasil por fornecer uma nutrição adequada às crianças e proteção contra alergias e infecções. Objetivos: O objetivo geral da investigação foi analisar a concepção de mulheres sobre a prática do AME em um município do interior do Rio Grande do Norte. E seus objetivos específicos: conhecer os principais fatores que levam ao insucesso dessa prática; identificar as principais redes sociais de apoio ao AME; e compreender os saberes e os receios sobre o processo de amamentação exclusiva. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, compreensivo, interpretativo, com abordagem qualitativa, realizada em um município do nordeste brasileiro. As participantes foram 16 mulheres cadastradas na Estratégia Saúde da Família. A coleta dos dados, realizada em meados de 2019, ocorreu através de grupo focal. Foi feita uma análise temática de conteúdo com o apoio do software IRAMUTEQ. Resultados: Os motivos de abandono do AME incluíram fatores como: choro persistente da criança; julgamento sobre a qualidade e a quantidade do leite materno; rede de apoio familiar enfraquecida; dificuldade de pega correta para a mamada; retorno precoce da mãe ao trabalho; e falta de apoio dos profissionais de saúde. As redes sociais locais de suporte identificadas foram: cônjuge, companheiro, mães, pais, sogros, tios, irmãos, amigos, vizinhos e profissionais de saúde. Destacase a ambiguidade de significados que permeiam as percepções sobre o AME, evidenciando um contraste entre o dever e o prazer do ato de amamentar, com a dor e as dificuldades de sustentação dessa prática. Considerações Finais: ressalta-se a importância do conhecimento sobre as redes sociais locais de apoio ao AME durante o pré-natal, de forma a estimular o protagonismo das mães e de suas redes sociais nos programas de incentivo à valorização da mulher para fortalecer o processo de maternidade. O estudo contribuiu para a criação de espaços para discussão e escuta dessas mulheres no âmbito dos serviços de saúde.