Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Ramon Iury Alves de |
Orientador(a): |
Moura, Joana Tereza Vaz de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS URBANOS E REGIONAIS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28294
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Resumo: |
O foco desta dissertação é a comparação entre dois ciclos de protestos que, apesar de reivindicarem em torno de um mesmo tema, o aumento da passagem de ônibus no município de Natal, aborda dois períodos distintos, 2005 (Caça aos Vampiros dos Transporte Públicos e Temporada de Caça às Bruxas) e 2012 (Revolta Do Busão), em que o repertório e a narrativa política do movimento foram bastante diferentes. No primeiro caso, as entidades tradicionais do movimento, com seus métodos de organização e de ação prevaleceram. No segundo caso, em 2012, apesar de se repetir a participação das entidades tradicionais (UMES, APES, DCE UFRN), elas não foram capazes de reproduzir o repertório de 2005 e nem mesmo a interpretação do movimento sobre o problema do transporte. Desse modo, a pergunta de partida desta dissertação é: por que os protestos de 2005 diferenciaram-se dos protestos 2012? O que mudou no contexto político e organizativo do movimento para a mudança no repertório e no enquadramento interpretativo sobre o transporte? Os protestos contra o aumento da passagem de ônibus em Natal, em 2005 e 2012, duraram várias semanas, chamaram a atenção da mídia e da sociedade, e foram compostos de dimensões analíticas que merecem ser estudadas a partir do ferramental desenvolvido pela agenda de pesquisa da ação coletiva. A pesquisa de campo desta dissertação se deu a partir de entrevistas com lideranças desses movimentos e bibliografia sobre o Movimento Passe Livre. O roteiro metodológico foi complementado com matérias de jornais do acervo da UMES sobre os protestos de 2005 e, na internet, sobre as manifestações de 2012. Os resultados e discussão desta pesquisa, seguindo os objetivos propostos, analisam: i) diferença entre as oportunidades políticas dos movimentos em 2005 e 2012; ii) diferença entre as condições organizacionais dos movimentos em 2005 e 2012; iii) enquadramento interpretativo dos movimentos em 2005 e 2012. Em síntese, constatamos que em 2005 o contexto político era desfavorável, mas as condições organizacionais do movimento permitiram superar os constrangimentos da ação coletiva; em 2012, o contexto político era favorável, mas as entidades estavam desorganizadas materialmente, à exceção do MPL, cujo repertório era composto de ações que não exigiam grande mobilização de recursos e, nesse ambiente, foi capaz de aproveitar a lacuna deixada pelas demais organizações e dar direção ao repertório e ao enquadramento interpretativo do movimento. |