Degradação térmica e mecânica de geossintéticos utilizados em restauração de pavimentos flexíveis com concreto asfáltico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mello, Micheline dos Anjos e
Orientador(a): França, Fagner Alexandre Nunes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49987
Resumo: O modal rodoviário é responsável por grande parte do transporte de cargas e pessoas no Brasil, portanto, manter pavimentos em boas condições implica benefícios para a economia e para os usuários, no entanto, é comum o pavimento flexível trincar ao longo da sua vida útil. Usualmente, o recapeamento simples é adotado para consertar pavimentos trincados, porém em pouco tempo as trincas se refletem ou se propagam da antiga camada para a nova. Uma solução adotada para reduzir e postergar a reflexão de trincas é a utilização de geossintéticos, porém, esses materiais podem ser danificados térmica e mecanicamente durante o processo de instalação. Dessa maneira, é importante verificar se esses danos são consideráveis e se prejudicam os materiais de cumprirem a função para os quais foram designados. Assim, esta pesquisa tem o objetivo de analisar a degradação térmica e mecânica sofrida por geossintéticos utilizados em sistemas antirreflexão de trincas e, adicionalmente, verificar se há um aprimoramento nessa análise com a utilização de papel-alumínio. Para isso, quatro tipos de geocompostos foram utilizados e suas amostras foram classificadas em: amostras virgens, que não foram submetidas a danos; amostras com danos térmicos, sobre as quais o concreto asfáltico com alta temperatura de trabalho foi depositado e uniformizado; amostras com danos térmicos e mecânicos, que além de serem submetidas ao efeito da alta temperatura, também foram expostas à ação mecânica devido à compactação do concreto asfáltico. As amostras danificadas foram categorizadas em amostras com e sem papel-alumínio, pois estas foram divididas simetricamente, em que, uma metade foi coberta com papel alumínio antes de ser exposta aos danos e a outra recebeu a mistura asfáltica diretamente. Depois, as amostras foram cortadas e submetidas a ensaios de tração uniaxial. Os resultados dos ensaios de tração forneceram parâmetros como resistência à tração, deslocamento da garra e inclinação das retas. Tais parâmetro foram analisados e serviram como indicadores das degradações sofridas. Com relação à resistência à tração, a maior redução foi para o geocomposto de fibra de vidro submetido ao dano térmico e mecânico, com 81,97% e a menor, 2,45% foi para o geocomposto de poliéster exposto apenas à alta temperatura do concreto asfáltico. A partir dos resultados, foi possível concluir que os materiais sofrem degradação no processo de instalação e que sua severidade depende da matéria-prima do geossintético, como também do dano a que ele foi submetido.