Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Eufrásio, Ruty Eulália de Medeiros |
Orientador(a): |
Maciel, Bruna Leal Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29281
|
Resumo: |
Bailarinas constituem grupo de risco para alteração na imagem corporal (IC) e desenvolvimento de transtornos alimentares (TA) devido às rigorosas exigências no desempenho físico. Este estudo objetivou avaliar se bailarinas adultas nãoprofissionais apresentam diferença na percepção da imagem corporal (IC) e comportamentos para transtornos alimentares (TA), quando comparadas às desportistas em academias e sedentárias. Trata-se de um estudo observacional e comparativo, envolvendo 19 participantes em cada grupo, realizado entre agosto de 2016 a junho de 2018. Calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC) e, por meio da absorciometria dupla de raios X (DXA), analisou-se o percentual de gordura corporal (%GC) e a densidade mineral óssea (DMO). Para a avaliação da IC, aplicou-se o Body Shape Questionnaire (BSQ) e a Escala de Figuras de Silhuetas (EFS). Para avaliar os comportamentos para TA, utilizaram-se os questionários Eating Attitudes Test (EAT-26), direcionado aos sintomas da anorexia nervosa, e Bulimic Investigatory Test, Edinburgh (BITE), voltado aos comportamentos da bulimia nervosa. Nas bailarinas, o IMC e o %GC foram significativamente inferiores (20,9 Kg/m2 e 29,8 %) quando comparados aos dos grupos das desportistas em academias (22,1 Kg/m2 e 32,9 %) e das sedentárias (23,2 Kg/m2 e 38,6 %), one-way ANOVA, p < 0,05. A densidade mineral óssea (DMO) do corpo total mostrou-se dentro dos limites esperados para idade, não diferindo entre os grupos, sendo em média de 0,4 (0,8) Z-scores. A pontuação do BSQ não diferiu entre os grupos estudados. A presença de distorção da IC avaliada pela EFS não diferiu entre os grupos (p = 0,460), sendo 75,0% nas bailarinas, 87,5% nas desportistas em academias e 89,5% nas sedentárias. A insatisfação com a IC foi menor nas bailarinas (75,0%) e desportistas em academias (70,6%) em relação às sedentárias (100,0%). A análise de correspondência mostrou que as bailarinas estiveram mais próximas à ausência de preocupação com a IC. A pontuação do EAT-26 não diferiu entre os grupos estudados, já a pontuação do BITE foi significativamente menor (Pós-teste de Tukey, p = 0,005) nas bailarinas [5,3 (5,6)] quando comparada às sedentárias [10,9 (4,8)]. O IMC e %GC apresentaram correlação positiva com a pontuação do BSQ nas bailarinas (IMC: r2 = 0,657, p = 0,002; %GC: r2 = 0,574, p = 0,010). Já nas desportistas em academias, o %GC apresentou correlação negativa com a pontuação do EAT-26 (r2 = - 0,571, p = 0,013). Nas sedentárias, o IMC correlacionou-se positivamente com a pontuação do BSQ (r2 = 0,653, p = 0,002) e com a pontuação do EAT-26 (r2 = 0,462, p = 0,047), o %GC correlacionou-se positivamente com a pontuação do BSQ (r2 = 0,524, p = 0,026). Conclui-se que as bailarinas apresentaram satisfação com IC semelhante à das desportistas em academias e maior que a das sedentárias, menos comportamentos para bulimia e também menor preocupação com a IC quando comparadas aos demais grupos. A distorção com a IC e os comportamentos para anorexia não diferiram entre os grupos estudados. O IMC e o %GC foram positivamente correlacionados com a IC no grupo das bailarinas e sedentárias. |