Estudo da adição de resíduos de quartzitos para obtenção de grés porcelanato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Marcondes Mendes de
Orientador(a): Costa, Franciné Alves da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20228
Resumo: Nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, no Brasil, as jazidas mais expressivas na produção de minerais industriais não-metálicos são as dos pegmatitos, quartzitos e granitos, que estão localizadas na região do Seridó. Os municípios de Várzea - PB, Ouro Branco - RN e Parelhas - RN são os principais responsáveis pela extração de argila, quartzo, micas e feldspato. As empresas de mineração que atuam na extração e beneficiamento dos quartzitos geram grandes volumes de resíduos, constituindo cerca de 90% de SiO2 na sua composição química proveniente do quartzo, que é um dos constituintes básicos nas formulações das massas cerâmicas para a produção de revestimento cerâmicos. Para tanto, este trabalho avalia o estudo da adição de resíduos de quartzito para obtenção do grés porcelanato através da caracterização das matérias-primas por FRX, DRX, MEV, AG, ATG e DSC, utilizando cinco formulações contendo 57% de feldspato, 37% de argila e 6% de resíduos de quartzitos com colorações diferentes (branco, dourado, rosa, verde e preto), que foram sinterizadas em três temperaturas: 1150°C, 1200°C e 1250°C, com isoterma de 1 hora e taxa de aquecimento de 10° C/min. Após a sinterização, os corpos-de-prova foram submetidos a ensaios de caracterização física como: absorção de água, retração linear, porosidade aparente, massa específica aparente, resistência à flexão em três pontos. Os resultados obtidos apontavam para a possibilidade da utilização do resíduo de quartzito em um percentual de 6% de adição na massa cerâmica. A utilização de resíduos de quartzito em massa cerâmica proporcionou um produto final com propriedades tecnológicas que atendem às normas técnicas para a produção de grés porcelanato, sendo a temperatura de 1200°Ca que apresentou melhores resultados. De acordo com os resultados obtidos verificou-se um alto teor de óxido de ferro no quartzito preto, sendo descartada a utilização do mesmo em grés porcelanato por questão estrutural, pois o material fundiu a 1250°C. Todas as formulações dos quartzitos obtiveram baixa absorção de água quando sinterizadas a 1200°C, obtendo AA entre 0,1% a 0,36% sem terem passado pelo processo de atomização. Nos ensaios de resistência à flexão todos os quartzitos encontram-se nos limites de aceitação, segundo a norma europeia EN 100, superando 27 MPa na sinterização a 1200°C. Com isso, o uso de resíduo de quartzito em massas cerâmicas se apresenta como excelente potencial para a produção de grés porcelanato.