Remoção de matéria orgânica de efluente de carcinicultura por meio de tratamento físico-químico (coagulação-floculação) e biológico (lodo ativado)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira, Ana Carla da Fonseca
Orientador(a): Santos, Everaldo Silvino dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45777
Resumo: A carcinicultura vem se tornando uma das principais atividades aquícolas devido ao cenário mundial de crescimento populacional e à demanda por novas fontes de alimentos. No entanto, o crescimento dessa atividade vem acompanhado de uma preocupação, também crescente, em relação aos impactos ambientais gerados pelo volume de efluentes liberados, sem tratamento, nos corpos d’água, sendo o processo de coagulação-floculação e o sistema de lodos ativados opções para tratar efluentes dessas atividades. No entanto não há na literatura aplicação do tratamento físico-químico em efluentes ricos em matéria orgânica. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de remoção de matéria orgânica de um efluente de carcinicultura, utilizando o processo de coagulação-floculação-sedimentação com dois coagulantes – um comercial (A) e o outro natural à base de Moringa oleifera – em três condições para concentração do coagulante (30, 50 e 80 mg/L) e tempo de decantação (35 min, 1h e 24h). Além disso, paralelamente a esse processo, também foi realizado o tratamento biológico através de um sistema de lodo ativado em escala de bancada, operando com alimentação 200 mL/dia, taxa de reciclo de 1:1 e idade do lodo de 20 dias. Para o tratamento físico-químico, as eficiências máximas de remoção de demanda química de oxigênio (DQO) foram iguais a 78,44% e 77,44%, obtidas com o coagulante natural à base de M. oleifera, e o comercial A, respectivamente. A remoção de turbidez foi 68,84 e 97,33% para o coagulante natural e o A, respectivamente. A condição ótima para o coagulante natural e o A foi obtida ao utilizar a menor concentração (30 mg/L) e o menor tempo de decantação (35 min), tornando o processo extremamente viável e promissor, tendo em vista menores custos e tempos de processo. O tratamento biológico apresentou eficiência média de remoção de DQO e carbono orgânico total (COT) de 92,84 e 95,90%, respectivamente; comprovando a eficiência do tratamento por lodo ativado. Conforme a Resolução CONAMA 430/2011, o efluente tratado com os coagulantes A e natural à base de moringa e o tratamento biológico atenderam às exigências ambientais de descarte em termos de remoção da matéria orgânica.