Comunicação pública da ciência: o uso do discurso constituinte e paratópico da ciência para construção do ethos discursivo no Jornal da USP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Marcelha Pereira da
Orientador(a): Lemos, Daniel Dantas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54457
Resumo: Esta investigação trata-se de uma análise discursiva das reportagens voltadas para a Comunicação Pública da Ciência do Jornal da Universidade de São Paulo (USP), a partir da compreensão de discurso constituinte da ciência, e, portanto, da paratopia, para a construção do ethos discursivo da universidade. O objeto empírico foi o Jornal da USP, com corpus temporal sendo o período de agosto a setembro de 2021 e o domínio online do portal (https://jornal.usp.br/) como corpus espacial. Já o objeto teórico foi a Análise do Discurso, com linha teórica centrada em Maingueneau (2006, 2010). Por meio do estudo, foi constatado que a ciência, enquanto discurso constituinte e paratópico, instiga a sociedade e movimenta papéis sociodiscursivos, como é o caso da Comunicação Pública da Ciência. Foi observado que no processo de enunciação das notícias, as pesquisas científicas desenvolvidas na USP possuem a universidade como Fonte legitimante, ao mesmo tempo em que o ethos da própria instituição é construído e reforçado por esse mesmo discurso. A dissertação colabora com o avanço das reflexões sobre a Comunicação Pública da Ciência de Instituições de Ensino Superior (IESs) e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) no Brasil. Isso porque é dever das instituições estabelecer comunicação com o público interno e externo sobre as pesquisas que são desenvolvidas, porque esses investimentos nos órgãos públicos partem da população, já que o conhecimento adquirido por meio da ciência precisa retornar à sociedade. Porém, como característica própria dos discursos constituintes, a linguagem científica é distante do social. A Comunicação Pública da Ciência, por sua vez, torna-se uma ponte com a sociedade. Por isso, tornase relevante encará-la como ferramenta estratégica para fortalecer o ethos de uma instituição no que se refere à garantia do prestígio da ciência produzida lá e, consequentemente, no poder agregado à própria instituição.