Misturas cimentícias secas para altas temperaturas contendo poliuretana micronizada como aditivo alternativo plastificante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pinto, Jorge Daniel Araújo
Orientador(a): Martinelli, Antônio Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44620
Resumo: A injeção de vapor é uma das principais alternativas economicamente viáveis e largamente utilizadas na recuperação de óleos pesados. Nessa técnica, a temperatura dos fluidos e, consequentemente, do reservatório é aumentada. Com isto, ocorre a dilatação do revestimento metálico, que retorna às suas dimensões iniciais com o fim do ciclo de injeção, gerando tensões e trincas na bainha de cimento. Por essa razão, deve-se adequar o projeto de cimentação com pastas que suportem gradientes térmicos. Este trabalho teve seu foco na formulação de misturas secas cimentícias com a adição de poliuretana micronizada em pó, visando adequar suas propriedades mecânicas para ciclagem térmica, ou seja, aumento da resistência à tração e diminuição do módulo de elasticidade. Foram formuladas misturas secas com teores de até 4% de poliuretana micronizada em adição ao cimento. As amostras foram curadas a 38°C e 300ºC por 1 e 7 dias, respectivamente. As últimas, sob pressão de 2 kpsi. As pastas resultantes foram caracterizadas do ponto de vista mecânico e microestrutural. Os resultados demonstraram que a poliuretana micronizada apresentou boa aderência à matriz de cimento, o que proporcionou ganho de resistência à compressão e resistência à tração das pastas que foram submetidas à ciclagem térmica de 300°C, por 7 dias. Os melhores resultados foram obtidos com adição de 2%, cuja resistência à tração foi 8,68 MPa, enquanto que a da pasta padrão foi 7,24 MPa. O módulo de elasticidade das pastas aditivadas com PU micronizada também foi satisfatório, com diminuição de 13,1 GPa para 11,8 GPa, para a pasta aditivada com 2% de PU micronizada. Desta forma, a adição de 2% de poliuretana micronizada resultou em um conjunto de propriedades mecânicas mais adequadas para suportar ciclos de injeção de vapor em relação à pasta padrão.