A escritura que se faz com o outro: diálogo e transferências culturais de Machado de Assis com a obra de Madame de Staël

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sales, Francisco Gesival Gurgel de
Orientador(a): Xavier, Wiebke Roben de Alencar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30816
Resumo: Esta pesquisa, inserida na perspectiva metodológica das transferências culturais, a partir de Michel Espagne (2017), visa verificar a recepção machadiana das ideias de Madame de Staël (1766-1817) em trânsito no século XIX. A partir das noções de cruzamento, assimilação e ressemantização e debruçando-nos sobre os recentes resultados do projeto sobre a circulação transatlântica de impressos [(ABREU, 2016), (GRANJA; LUCA, 2018) e (PONCIONI; LEVIN, 2018)], e as pesquisas do Dossiê “Trânsitos, trocas e transferências culturais” (XAVIER; AUGUSTI & MOLLIER, 2019), analisamos as menções (SENNA, 2008) a Madame de Staël em escritos de Machado de Assis, na tentativa de delinearmos o cruzamento de ideias entre os dois autores. Para tanto, recorremos a fontes como periódicos, catálogos de livreiros, catalogação da biblioteca de Machado de Assis (MASSA, 1961), anúncios de venda de livros e leilões de obras e escritos gerais de intelectuais cariocas do oitocentos, de onde confirmamos a presença de obras e ideias de Mme. de Staël em circulação no Brasil. A pesquisa mostrou a afinidade literária entre a escritora franco-suíça e o autor brasileiro, dada a presença comprovada de alusões à baronesa de Staël em diversos segmentos da escritura machadiana: na ficção, nos textos críticos e em cartas.