Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Confessor, Juscely de Oliveira |
Orientador(a): |
Araújo, Rosanne Bezerra de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22064
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Resumo: |
O presente trabalho busca analisar a obra Ópera do malandro (1978), de Chico Buarque de Hollanda (1946-) à luz da teoria de Gayatri Spivak acerca do sujeito subalterno. Em seu texto Pode o subalterno falar? (2010), Spivak aponta que as classes mais baixas da sociedade, além de serem excluídas do quadro social dominante, não possuem nenhuma autonomia ou representação, já que os que se propõem a esse papel o fazem com base no aparelho ideológico das camadas mais altas da sociedade e, assim, a voz subalterna não se concretiza. Chico Buarque, por sua vez, é considerado um dos artistas brasileiros que melhor representa a voz dos desvalidos através de sua criação. A Ópera do malandro traz personagens que vivenciam situações semelhantes ao contexto exposto por Spivak. No entanto, os personagens de Buarque tentam expressar sua voz, mesmo sendo subalternos, não através de um discurso político, mas sim artístico. Spivak, investigando a Índia, seu país de origem, revela o processo de colonização como o principal fator da total impossibilidade de fala do sujeito subalterno, e é exatamente neste ponto que a construção teórica spivakiana e o processo artístico buarquiano apontam para caminhos diferentes, pois, na verdade, o Brasil e a Índia apresentam contextos históricos distintos de colonização, o que por sua vez diferencia o desenvolver da história de cada país e, consequentemente, a construção de seus sujeitos. Dadas essas circunstâncias e as diferenças entre os momentos históricos, o malandro brasileiro surge como um sujeito subalterno que consegue estabelecer na arte literária buarquiana um espaço onde ele possa falar. |