Efeito da precipitação e produtividade primária na massa corporal de passeriformes em uma área de restinga no Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Eduardo, Edilane Maria de Lima
Orientador(a): Pichorim, Mauro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47595
Resumo: A forma como a massa corporal de aves varia em função de variáveis climáticas e ambientais vem sendo discutida em diversos estudos em regiões temperadas, porém, pouco se sabe sobre como variações sazonais afetam o peso de aves tropicais. O objetivo deste trabalho foi descrever as variações de peso de 29 espécies de Passeriformes, avaliar se há diferença de peso entre idades e sexos e analisar se a precipitação, a produtividade primária e dieta influenciam o peso de passeriformes. Os pesos foram coletados entre 2010 e 2014, no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), Parnamirim-RN, nordeste do Brasil. A precipitação média anual da região é de 1746 mm, concentrada entre março e agosto, e a vegetação é um mosaico de restinga com formações herbáceas e arbustivas. Os dados de precipitação são da estação meteorológica do CLBI, e o NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) foi extraído do site SatVeg e utilizado como indicador (proxy) de produtividade primária. Adotamos a abordagem estatística de seleção hierárquica de modelos baseada na teoría da informação para testar quais foram as variáveis preditoras mais importantes para a explicar a variação do peso das espécies estudadas. Para tal, utilizamos modelos lineares generalizados - GLM (Generalized Linear Models), onde consideramos o componente aleatório (variável resposta peso) sendo influenciado por variáveis preditoras temporais (precipitação, NDVI e mês) e biológicas (dieta, sexo e idade). Usamos a variável resposta “peso” uniformizada pelo Zscore para poder comparar juntas as várias espécies. Fizemos testes t para avaliar diferenças nos pesos entre sexo e idade, e regressões lineares para avaliar se a precipitação e o NDVI do mês de captura e meses anteriores à coleta influenciam o peso dos indivíduos. Utilizando o peso padronizado (Z-score) vimos que os jovens foram mais leves que os adultos. Não detectamos diferenças significativas de peso entre e machos e fêmeas. A chuva do mês anterior à coleta e o NDVI do mês da coleta foram as variáveis temporais que mais infuenciaram o peso dos passeriformes adultos, porém o peso dos jovens não sofreu influência de variáveis temporais. Entre os grupos de dieta o peso foi influenciado pela precipitação do mês anterior e NDVI do mês de coleta, sendo que as espécies insetívoras foram as únicas nas quais o peso esteve relacionado à precipitação do mês de coleta.