Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Farias Neto, Fernando Paulo de |
Orientador(a): |
Gonçalves, Marta Aparecida Garcia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25927
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Resumo: |
Ao introduzir as concepções teóricas de Deleuze e Guattari (2011a) sobre os signos rizomáticos do desejo como um processo ocasional da linguagem, eventualidade ou virtualidade, manifestando-se em meio à multiplicidade das afeições, afetando os corpos, misturando-os, a presente pesquisa instaura discussões sobre a problemática das ações-paixões, como agenciamento de linguagens enquanto máquina literária desejante, na obra Lavoura Arcaica (1975), de Raduan Nassar. Ancorado a esse universo afetivo, também abordaremos o espaço das minorias que, ao mesmo tempo, confronta e não-confronta a estrutura instituída, tradicional, possibilitando, mesmo com essa dualidade, uma abertura às vozes excluídas, ao revelar as imagens do devir de cada membro da família representada na narrativa e provocar, em todos eles, a desterritorialização junto aos microssistemas político-sociais impostos como subordinação patriarcal castradora; e ao ressignificar seus sentidos, reterritorializando-os, introduzindo o amor como mecanismo de linguagem e de pensamento, em um regime que afeta e desconstrói as máscaras, as representações burguesas do desejo, do amor e do erótico. Em confluência com o contradiscurso rizomático gerador de devires inesperados e insuspeitos dos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari e da literatura do autor brasileiro, estendemos nossas análises juntamente à teórica de outros pensadores pertinentes ao tema da pesquisa. Considerando as afinidades entre saberes como literatura, estética e filosofia, a ficção de Raduan Nassar, conforme Deleuze (2011b), não se restringe às constantes do logocentrismo e de sua voz despótica, e se estende às variações, fazendo “Gaguejar a língua, ou fazê-la ‘piar’, e extrair daí gritos, clamores, alturas, durações, timbres, acentos, intensidades, amor”. |