O papel da percepção de imprevisibilidade, prejuízo e suporte familiar na expressão de motivos fundamentais e bem-estar subjetivo durante a pandemia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Tasso, Natália de Araújo Miranda
Orientador(a): Castro, Felipe Nalon
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57896
Resumo: O presente trabalho explorou de que forma elementos como o prejuízo percebido, as crenças de imprevisibilidade e a imprevisibilidade familiar percebida na infância ajudavam a explicar a expressão de motivos fundamentais e bem-estar subjetivo durante a pandemia. Para alcançar esse objetivo, foram realizados três estudos independentes por meio de uma pesquisa de levantamento do tipo survey, sendo o primeiro e o terceiro com delineamento quase-experimental e o segundo de natureza exploratória, todos de corte transversal. Os dados foram coletados de forma online, envolvendo 127, 438 e 422 participantes, respectivamente, em cada um dos estudos. O primeiro estudo demonstrou que tanto as crenças de imprevisibilidade quanto o dano percebido durante a pandemia desempenharam um papel significativo na promoção de comportamentos de autoproteção e evitação a doenças, enquanto também contribuíram para a diminuição do bem-estar subjetivo. No segundo estudo, a imprevisibilidade familiar percebida na infância impactou não apenas na expressão dos marcos reprodutivos, mas também na manifestação de motivos fundamentais. Comportamentos voltados para a retenção de parceiros e o cuidado familiar eram mais frequentemente reportados por aqueles que reportaram ter vivenciado menor imprevisibilidade de suporte familiar durante a infância. Por fim, o terceiro estudo destacou que a previsibilidade do suporte familiar percebido na infância emergiu como o principal fator que influenciou a expressão de níveis mais elevados de bem-estar subjetivo e menores níveis de crenças de imprevisibilidade em relação a si, enquanto sugeriu que a pandemia pode ter ampliado a percepção de imprevisibilidade em relação ao mundo, conforme observado em nossa amostra. Em síntese, nossos resultados destacam que as crenças de imprevisibilidade e prejuízo percebido emergiram como preditores significativos dos comportamentos de autoproteção e evitação a doenças durante a pandemia. Além disso, a imprevisibilidade familiar na infância desempenhou um papel crucial no desenvolvimento das estratégias de história de vida, com a previsibilidade do suporte familiar subsidiando uma estratégia mais lenta, com indivíduos reportando mais comportamentos voltados para retenção de parceiros, cuidado familiar, menos crenças de imprevisibilidade em relação a si e maior bem-estar subjetivo durante a pandemia. Essa perspectiva integrada aprimora a compreensão da complexidade das respostas humanas em eventos disruptivos, enfatizando a importância de múltiplas pistas ambientais, inclusive aquelas vivenciadas durante o desenvolvimento, na análise da plasticidade comportamental humana.