Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Girotto Neto, Angelo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19605
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Resumo: |
Os protestos que tiveram curso em junho e julho de 2013, compreendidos como momento das disputas hegemônicas em curso no Brasil, são o objeto deste estudo, no qual pretende-se analisar a ação política, durante a Grande Onda, dos grupos socais que disputam a hegemonia na sociedade brasileira contemporânea. Busca-se ainda compreender como as distintas etapas dos movimentos influenciar no decorrer dos eventos posteriores. Para as constatações pretendidas, procede-se à revisão crítica de autores fundamentais para a compreensão não apenas destes movimentos sociais, como da realidade social e política do Brasil contemporâneo, além da análise de documentos políticos, opinativos e noticiosos veiculados pela mídia e por organizações políticas e depoimentos de lideranças políticas, a exemplo do Pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, em 21 de junho de 2013. Vale-se ainda do aporte de dados secundários de institutos de pesquisa e de dados sócio-econômicos do IBGE. As categorias e conceitos da sociologia política de Antonio Gramsci surgem aqui como aporte teórico da discussão. Com efeito, defende-se a hipótese de que durante o processo de disputa pela direção intelectual e moral das mobilizações de junho de 2013, houve a emergência em cena de determinada ideologia conservadora, com base social na classe média - esforço que teve como principal agente os veículos da mídia hegemônica que atuaram no sentido de um partido político, aqui denominado partido da mídia. A ação destes veículos se valeu de plataformas já presentes nos movimentos, notadamente sua rejeição a organizações e programas políticos, para alçar-se à condição dirigente dos protestos durante determinado período em que fez da corrupção o tema central dos esforços por encetar o Governo Federal no escopo das manifestações. Dada a grandeza das forças e dos interesses que entraram em jogo, o presente estudo contribui para o debate acerca da atualidade brasileira e suas perspectivas, que têm nos Movimentos de Junho um marco tanto político quanto ideológico |