Rememorando as carnes: o corpo feminino como espaço de inscrição das memórias das torturas durante a Ditadura Civil-Militar brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lins, Selly Laryssa da Fonsêca
Orientador(a): Albuquerque Júnior, Durval Muniz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/43721
Resumo: Este trabalho tem por objetivo produzir um estudo sobre o corpo e como as memórias se inscrevem sobre a sua superfície espacial. Para tanto, ao pensarmos no corpo enquanto um espaço, temos que especificar que corpo é este ao qual direcionamos nossa pesquisa: como é visto, descrito e entendido dentro do contexto histórico e social no qual se encontra. Assim, esta dissertação ancorase no corpo feminino visto e entendido como subversivo, mas também se dedica ao estudo desses mesmos corpos e suas transformações em temporalidades diversas. Isto é, não cabe no trabalho aqui desenvolvido uma delimitação temporal fixa e imutável, uma vez que o suporte principal da pesquisa é constituído a partir das memórias de mulheres que vivenciaram a política de perseguição e tortura posta em prática durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), que por ser um evento relativamente fronteiriço com a atualidade, ainda produz reflexos na vida das mulheres sobre cujas memórias iremos nos deter. Ademais, tratamos de como a violência foi produzida contra o espaço corpóreo feminino; o porquê de certos locais dos corpos serem atingidos e outros não; e, consequentemente, como o corpo submetido a essas violações respondia. Outro importante aspecto sobre o qual iremos refletir faz referência a esses mesmos corpos e os seus respectivos processos de resistência e reconstrução. Para tal, a análise de discurso arqueogenealógica e a quantificação de fontes serão procedimentos essenciais durante o desenvolvimento da análise das inúmeras declarações, testemunhos e entrevistas que foram realizadas desde o final dos anos de 1990 até o presente momento.