Sintomatologia depressiva e concentrações do cortisol em idosos residentes na comunidade: um estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Moreira, Mayle Andrade
Orientador(a): Maciel, álvaro Campos Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia
Departamento: Movimento e Saúde
País: BR
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/16742
Resumo: Introdução: Vem sendo crescente o número de pesquisas que buscam o entendimento das relações entre os desfechos adversos à saúde e as concentrações do cortisol salivar, o qual é um marcador de estresse biológico. O cortisol parece seguir dois estágios de resposta: em situações de baixo/moderado estresse ocorre ativação do eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal, aumentando o nível do cortisol, entretanto, quando o estresse persiste, o eixo HPA parece tornar-se hipoativo. A sintomatologia depressiva parece ter relação com as concentrações do cortisol, no entanto, essa relação é controversa na literatura. Objetivo: Analisar a relação entre sintomatologia depressiva e concentrações do cortisol em uma amostra de idosos do Nordeste brasileiro, residentes na comunidade. Métodos: Estudo observacional analítico, de caráter transversal, em uma amostra de 256 idosos (≥ 65 anos), residentes na comunidade. A sintomatologia depressiva foi avaliada pela versão brasileira da Center for Epidemiologic Studies-Depression Scale (≥ 16) e as concentrações do cortisol através da coleta salivar (ao acordar, 30 minutos após acordar, 60 minutos após acordar, às 15 horas e antes de dormir), além de medidas compostas. Como co-variáveis foram avaliadas condições sociodemográficas e de saúde. Para análise das medidas do cortisol entre idosos com e sem presença da sintomatologia depressiva, e entre os sexos, foi realizado o teste t de Student. Para verificar as diferenças entre as medidas do cortisol em cada curva foi utilizada a Análise de Variância (ANOVA) de medidas repetidas, com teste post-hoc de Bonferroni. Resultados: Houve diferença significativa para a medida de cortisol salivar ao acordar, entre os idosos com presença e ausência da sintomatologia depressiva (p=0,04). Não houve significância em relação ao sexo. Na análise entre as medidas de cada curva, foi observado que nos idosos com sintomatologia depressiva a 1ª medida não teve diferença significativa em relação à 2ª e 3ª medidas. Além disso, não houve diferença significativa da 4ª medida em relação à 5ª, demonstrando um maior nível noturno de cortisol para os idosos com sintomatologia depressiva, sem declínio, com aspecto plano da curva. Conclusão: Parece existir relação entre sintomatologia depressiva e hipocortisolismo. Entretanto, no Brasil, as condições adversas de vida podem levar ao estresse crônico e serem fatores fortes suficientes para sobrepor maiores diferenças que pudessem existir em relação à presença da sintomatologia depressiva