Comunicação não violenta: desenvolvendo competências de comunicação em um hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Jéssica Cristiane Mendes da
Orientador(a): Moreira, Simone da Nóbrega Tomaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO NA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57248
Resumo: A comunicação em saúde é um processo complexo, tendo em vista os diversos atores e elementos presentes. Além do diálogo em torno de informações, outras habilidades, como a escuta ativa, adequação da linguagem, e a mediação, por exemplo, estão envolvidas. A formação acadêmica tem oferecido baixa instrumentalização em competências comunicativas, o que pode ser um dos fatores responsáveis pelas dificuldades na comunicação em saúde. Compreender a percepção dos residentes, tutores e preceptores da residência multiprofissional acerca da comunicação não violenta, enquanto abordagem de comunicação, voltada para a qualificação do processo de ensino-aprendizagem do cuidado em saúde no contexto do hospital universitário. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo pesquisa-ação educacional (pesquisa-ensino) com residentes, tutores e preceptores do programa de residência multiprofissional do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol). Tais participantes foram submetidos, inicialmente, a uma entrevista semiestruturada para identificação da compreensão quanto a comunicação em saúde, do nível de entendimento acerca da comunicação não violenta (CNV), ainda, foi avaliado a comunicação entre tutor, preceptor e residente na instituição, e o impacto dessa comunicação no ensinoaprendizagem e cuidado ao paciente. Acreditando que a comunicação não violenta poderia contribuir para comunicação entre residentes, tutores e preceptores foi organizada uma oficina para discussão dessa temática, que contou com a participação dos atores que integram a residência multiprofissional. Após a oficina, os participantes que se identificaram como tutores, preceptores ou residentes foram convidados para avaliação da intervenção executada, e identificação quanto a aplicabilidade da CNV no contexto do hospital de ensino. Para análise das entrevistas foi utilizada a técnica análise de conteúdo temática categorial, emergindo as seguintes categorias: comunicação no processo de ensino-aprendizagem; comunicação e cuidado em saúde; mapeamento da comunicação não violenta; percepção de aplicabilidade da CNV e CNV: possibilidade de desenvolvimento da competência de comunicação. Foi possível, portanto, inferir que a construção de relações saudáveis por meio da comunicação, ancorado na CNV enquanto abordagem, é um fator favorável ao processo de ensino-aprendizagem, contribuindo, consequentemente, para o cuidado em saúde. Sendo proposto, por fim, a inserção de forma transversal nos eixos teóricos ou práticos, de estratégias e ferramentas que favoreçam o desenvolvimento das competências de comunicação, e sendo a oficina de comunicação não violenta uma dessas estratégias que podem ser viabilizadas enquanto eixo de residência e educação permanente.