Análise geoestatística da estimativa de resistência estátistica a partir de ensaios SPT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lucena, Thaís Sousa
Orientador(a): Costa, Yuri Daniel Jatobá
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26710
Resumo: A previsão da resistência estática do sistema solo-estrutura é uma etapa fundamental do projeto de fundações. O uso de métodos de estimativa de capacidade de carga de estacas a partir de resultados de sondagens SPT é corrente, visto que a simplicidade de execução e o baixo custo deste ensaio o tornam uma das ferramentas mais empregadas em investigações geotécnicas. O mecanismo de transferência da energia envolvida no ensaio tem sido objeto de estudo de diversos autores nas últimas quatro décadas, motivados por questões acerca da dispersão de resultados do índice . Foi verificado que o conhecimento da eficiência da energia do ensaio permite normalizar seus resultados para um valor de referência padrão. Neste contexto, Aoki e Cintra (2000) analisaram o evento dinâmico do golpe do martelo sob a ótica do Princípio da Conservação da Energia. O estudo foi suporte teórico para a metodologia proposta por Aoki (2013), que permite quantificar a resistência de ponta e o atrito lateral usando resultados de ensaios SPT. O método é aplicável aos ensaios em que a eficiência e os comprimentos das amostras de solo recuperadas do interior do amostrador (embuchamento) são conhecidos. Esta pesquisa fez previsões de resistências estáticas de ponta e de atrito lateral, utilizando a metodologia proposta por Aoki (2013) aplicada aos resultados de 58 ensaios SPT. As sondagens ocorreram em um depósito de areia fina e tiveram os embuchamentos medidos. Um ensaio SPT adicional foi realizado, com seis provas de carga estática de tração no amostrador, a fim de investigar o atrito desenvolvido no fuste. O valor da razão entre as resistências por atrito nas paredes interna e externa do amostrador, conhecida como “fator a”, ficou próximo a dois para areia fina e aumentou para as camadas com maior porcentagem de finos. Por fim, procedeu-se uma comparação entre resultados de resistência obtidos pelo método de Aoki (2013) e os resultados de oito ensaios CPT realizados no mesmo campo. A comparação foi fundamentada em conceitos da geoestatística, por meio de análises do comportamento espacial da resistência estática, usando como ferramenta o software Geokrige, que auxiliou na obtenção de variogramas e de inferências espaciais por krigagem ordinária. Embora a magnitude dos valores de resistência lateral previstos pelo método de Aoki (2013) tenha correspondido a dos ensaios de campo, houve uma grande dispersão. Porém, a maioria das previsões de resistência de ponta foi bem sucedida, apresentando relação com os resultados dos ensaios de cone variando entre 1,0 e 1,6, sem grande dispersão. Concluiu-se que as previsões de resistência de ponta a partir dos ensaios SPT foram consistentes.