Estudo da ocorrência de recidivas após enucleação, seguida de ostectomia periférica e solução de carnoy no tratamento das lesões odontogênicas benignas agressivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Danielle Clarisse Barbosa
Orientador(a): Germano, Adriano Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27024
Resumo: Estudo seccional retrospectivo com o objetivo de investigar a ocorrência de recidivas em lesões odontogênicas benignas agressivas após o protocolo cirúrgico de enucleação, seguida de ostectomia periférica e solução de Carnoy. A amostra utilizada foi de conveniência e constituída por trinta pacientes atendidos no setor de Cirurgia de Traumatologia BucoMaxilo-Facial da UFRN no período de 2008 a 2018. Os dados foram coletados por meio dos prontuários clínicos e em seguida os pacientes foram contatados para realização dos exames clínicos e radiográficos a fim de verificar presença de recidivas. Foram realizadas análises descritivas e estatísticas utilizando o programa Stata/IC versão 14.0 (StataCorp, College Station, TX). Utilizou-se o teste de Mann-Whitney, o teste exato de Fisher e o teste Chiquadrado, além do método de Kaplan Meier e o teste Log-rank para verificar os possíveis fatores prognósticos para as recidivas, adotando-se p<0,05. A amostra foi composta por doze pacientes do gênero masculino (40%) e dezoito do gênero feminino (60%) e a média de idade foi de 37,23 anos (37,23±17,01; 12-77). Dentre as lesões, 22 pacientes apresentavam CO (73,3%), 3 MO (10%) e 5 ameloblastomas (16,7%). A maioria das lesões acometeu a maxila e mandíbula posteriores (93,3%). A recidiva acometeu 7 pacientes (23,3%), sendo todos os casos em CO, com o tempo mínimo de recidiva de 12 meses e máximo de 34 meses e um acompanhamento máximo de 9 anos e 5 meses. Não foi verificado diferença estatística entre os fatores avaliados e o desenvolvimento de recidivas, mas os pacientes que permaneceram com dentes adjacentes a lesão após o procedimento cirúrgico apresentaram tempo menor de recorrência. As curvas de Kaplan-Meier demonstraram um risco acumulado de mais de 80% para recidiva após 29 meses de pós-operatório e após 36 meses de acompanhamento, apenas 37,50% destes pacientes estariam livres de recidivas (p=0,023), além de terem 5,5 vezes mais chances de desenvolver recidivas do que os pacientes que tiveram seus dentes extraídos. O protocolo é efetivo no tratamento das lesões odontogênicas benignas agressivas quando se compara aos tratamentos isolados, como marsupialização e enucleação/curetagem, considerando as mesmas lesões.