O dispositivo de vigilância algorítmica: algoritmos rastreadores, smartphones e coleta de dados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Xavier, Maria Rita Pereira
Orientador(a): Dantas, Alexsandro Galeno Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32760
Resumo: O objetivo desta pesquisa de doutorado é analisar o uso de algoritmos rastreadores através de smartphones como uma forma corporativa/empresarial de vigilância. A proposta é se utilizar do conceito de dispositivo (FOUCAULT, 1996; 2008b; 2014; 2018; DELEUZE, 1996; AGAMBEN, 2009) para explicitar como se dá a formação e atuação de um “dispositivo de vigilância algorítmica”. O entendimento é o de que o capitalismo prepararia o terreno para a modulação de subjetividades específicas através da praticidade e do entretenimento proporcionado pelos aparatos tecnológicos, que estariam inseridos em um dispositivo mais abrangente de uma vigilância. O papel do smartphone seria o de abrir caminho para a anuência da entrega de dados apoiada tanto na cooperação voluntária dos usuários quanto no uso de algoritmos rastreadores de dados numa prática conhecida como tracking. A pesquisa bibliográfica é a principal metodologia empregada, as categorias de pesquisa são baseadas no conceito de dispositivo foucaultiano, de forma que esse conceito é utilizado como o próprio método para a delimitação dos componentes do dispositivo algorítmico; consequentemente, este autor é a principal referência teórica utilizada (Foucault, 1996; 2008b; 2014; 2018). Todavia, a perspectiva teórica de Bruno (2013); Bauman e Lyon (2013); Lazzarato (2014; 2006); e Deleuze (1988; 2000) também se fazem amplamente presente. O argumento deste trabalho é o de que a sociedade disciplinar foucaultiana não foi de todo substituída pela sociedade de controle, muito menos seus dispositivos de vigilância foram extintos, mas sim que esses dispositivos assumiram novas formas através do amplo espectro de modulação adquirido pelos aparatos tecnológicos comunicacionais.