Derivados quinoxalínicos substituídos por aminoalcoóis com potencial atividade anticâncer e capacidade de estabilização de nanopartículas de prata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Neri, Jannyely Moreira
Orientador(a): Menezes, Fabricio Gava
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24415
Resumo: O estudo dos compostos heterocíclicos nitrogenados compreende um dos ramos mais interessantes da química orgânica. Dentre as diversas classes de heterociclos nitrogenados relatados, as quinoxalinas possuem papel de destaque por suas relevantes aplicações, notavelmente em áreas biológicas e tecnológicas. Existem diversos protocolos de síntese de derivados quinoxalínicos relatados na literatura, dentre os quais se destacam as reações a partir do precursor sintético 2,3-dicloroquinoxalina (1). O presente trabalho tem como enfoque a atuação do composto 1 como precursor sintético para moléculas relevantes, estando os resultados dividido em duas partes principais. Primeiramente, é apresentado um estudo preparativo focado nas reações da quinoxalina 1 com aminoalcoóis, além de outras transformações sintéticas. Foram obtidos produtos tais como 2,3-dietanolaminoquinoxalina (2), 2-(2,3-diidro-]1,4]oxazino[3,2-b]quinoxal-4-il)etanol (3) a partir de dupla substituição do cloro, além do produto 3-[bis-(2-hidroxi-etil)-amino]-1H-quinoxalin-2-ona (4) como fruto da hidrólise do composto (3), dentre outros. Um fator de destaque é que enquanto etanolamina reage via duplo N-ataque nucleofílico, dietanolamina reage via processo de ciclização intramolecular através de N- e O-ataques. Todos os produtos foram devidamente caracterizados por ressonância magnética nuclear de 1H e 13C. Os produtos 2 e 3 apresentaram atividade anticâncer através de estudos citotóxicos em células HT29 (câncer colorretal), a qual pode estar relacionada com a inibição da enzima PI3Kα. Ambas as quinoxalinas impactaram significativamente a viabilidade celular, na menor concentração (3,125μg/mL) já é possível vermos que o crescimento foi retardado. O que pôde também ser constatado por meio de um estudo de docking dos compostos no sítio ativo da enzima PI3Kα, o qual mostrou que a interação acontece fundamentalmente através de ligações de hidrogênio entre as hidroxilas dos ligantes e os aminoácidos valina (Val851) e serina (Ser854), conhecidos por serem cruciais nesse processo inibitório provocado por fármacos. Na última parte do trabalho, foi avaliada a capacidade do composto 2 como agente redutor e estabilizante de nanopartículas de prata (NanoAg), utilizando um planejamento fatorial 22, e também sua atuação apenas como estabilizante em sua concentração mínima conseguida (0,2mmol-1) utilizando o sistema glicerol/NaOH, na qual o derivado 2 foi capaz de estabilizar (NanoAg) em meio básico e neutro (fisiológico). Os resultados apontaram que a referida quinoxalina apresenta capacidade de redução de prata (I) em meio básico, porém em cinética mais lenta, comparado ao seu uso apenas como agente estabilizante. E as análises por espectroscopia na região do ultravioleta/visível (UV-Vis) indicaram formação de NanoAg esféricas, assim como o cálculo da largura à meia altura da banda (LMAB) indicaram a formação de nanopartículas mais uniformes para estes ensaios. Portanto, em ambos os testes a atuação do composto 2 frente à formação de NanoAg deixa a possibilidade de aplicações futuras dos sistemas nanoestruturados para terapia do câncer.