Escala de flutuação cognitiva em demências: versão adaptada para o contexto brasileiro e investigação de evidências de validade de conteúdo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Holanda Júnior, Francisco Wilson Nogueira
Orientador(a): Almondes, Katie Moraes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25479
Resumo: Flutuações cognitivas (FC) são definidas como variações espontâneas, transientes no alerta e na cognição, e presentes nas principais demências, estando associadas à piora do curso clínico e do funcionamento neuropsicológico. A precisão na identificação das FC representa um desafio clínico importante, e a falha em reconhecê-las pode contribuir para um pobre diagnóstico diferencial. Dentre os instrumentos disponíveis, a Dementia Cognitive Fluctuation Scale (DCFS) foi construída para avaliar as FC. Na literatura brasileira há uma inexistência até então conhecida de pesquisas sobre instrumentos que avaliem as FC. O presente estudo objetivou adaptar e verificar evidências de validade de conteúdo da DCFS. A adequação da escala englobou 6 estágios: (1) tradução do instrumento do idioma de origem para o idioma-alvo, (2) realização da síntese das versões traduzidas; (3) análise de concordância da síntese por juízes, (4) avaliação do instrumento pela população alvo; (5) tradução reversa e (6) pré-teste. Foi realizado um estudo preliminar com a administração da DCFS e de um protocolo de avaliação cognitiva e neuropsiquiátrica. Participaram 62 idosos, divididos em quatro grupos: idosos saudáveis (n = 35), comprometimento cognitivo leve (CCL) (n = 11), demência devido à doença de Alzheimer (DDA) (n = 10) e demência vascular (DVa) (n = 6). Os resultados preliminares indicaram que os grupos de idosos com demência (DDA e DVa) apresentaram significativamente maiores indicadores de FC quando comparados aos idosos saudáveis e com CCL. Nos três grupos clínicos (CCL, DDA e DVa), verificou-se que maiores níveis de FC correlacionaram-se ao pior desempenho na memória semântica e fluência verbal. Contudo, devido às pequenas amostras, não foi possível investigar a validade de constructo inicialmente objetivada, o que se coloca como imprescindível em estudos posteriores para sustentar o uso da escala. Este estudo logra resultados em apresentar a DCFS para o contexto brasileiro e indicadores das FC nos grupos avaliados, enfatizando a necessidade de investigações psicométricas posteriores.