Carreadores lipídicos nanoestruturados contendo óleo de urucum (Bixa orellana L.): uma alternativa para o tratamento da leishmaniose cutânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferreira, Marianna Araújo
Orientador(a): Moura, Tulio Flávio Accioly de Lima e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27433
Resumo: A leishmaniose é uma das principais Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN). Todos os anos milhões de pessoas são infectadas, no entanto os fármacos utilizados apresentam muitos efeitos adversos e baixa efetividade. Dessa forma o desenvolvimento de alternativas medicamentosas se faz necessário. A nanotecnologia vem se destacando por apresentar soluções eficientes no desenvolvimento de novos medicamentos. Por esse motivo o intuito desse trabalho foi incorporar a fração oleosa do urucum (Bixa orellana L.), ativo vegetal com comprovada ação contra parasitas do gênero Leishmania, a Carreadores Lipídicos Nanoestruturados (CLN). As nanopartículas foram produzidas pelo método de fusãoemulsificação e caracterizadas quanto ao tamanho de partícula, índice de polidispersão, morfologia, potencial zeta, estabilidade frente a estocagem, eficiência de encapsulação, perfil de degradação térmica, perfil cristalino, citotoxicidade in vitro, atividade antileishmania in vitro e avaliação da influência de 3% (m/m) da argila sintética Laponita® sobre o sistema. Análises dos resultados mostraram a efetividade do método de produção, com a obtenção de nanopartículas variando entre 173,73 nm ± 1,15 e 185,23 nm ± 1,80, polidispersão menor que 0,3 e potencial zeta entre -23,07 mV ± 0,15 e -39,13 mV ± 0,50 e estabilidade durante o tempo de estocagem, mesmo com a presença da Laponita®. A perda de massa das formulações ocorreu apenas em elevadas temperaturas (≅ 200ºC). A estrutura cristalina dos nanocarreadores promoveu o encapsulamento de 78,92 ± 2,89 e 52,54 ± 3,41 nas formulações com 2% e 4% de óleo de urucum, respectivamente. Os carreadores apresentaram atividade antileishmania similar à Anfotericina B e maior que o Glucantime® e o óleo de urucum não encapsulado. Esses resultados demonstram um sistema estável e com atividade biológica comprovada, devendo ser, portanto, visto como uma alternativa terapêutica para o tratamento das manifestações cutâneas da leishmaniose.