Quintosana e seus derivados conjugados com ácido gálico: avaliação de seu potencial antioxidante e de interferência na formação de cristais de oxalato de cálcio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Queiroz Neto, Moacir Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19620
Resumo: Quitina é segundo polissacarídeo mais abundante na natureza e seu derivado quitosana tem sido amplamento estudado, devido a suas propriedades químicas e farmacológicas singulares. Contudo, estudos mostram que essa molécula quando no organismo, tende a se acumular no tecido renal e também promove um aumento na excreção de cálcio. Apesar disso, o efeito da quitosana sobre a formação de cristais de oxalato de cálcio (OxCa) nunca foi avaliado. A formação de cálculos renais (urolitíase) é a enfermidade que mais comumente afeta os rins e o sistema urinário, além de ser uma doença que possui altas prevalência e recorrência. Muitas moléculas com capacidade antioxidante tem demonstrado potencial para diminuir a formação de cristais de OxCa in vitro. Diante do exposto o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial antioxidante e de interferência na formação de cristais de uma quitosana de baixo peso molecular e seus derivados conjugados com ácido gálico (AG). As analises físico-químicas confirmaram a identidade da quitosana. Esta foi submetida a 5 testes antioxidantes e apresentou uma excelente atividade quelante de cobre, porém nenhuma outra atividade antioxidante expressiva foi detectada. Já quando submetida aos testes de formação de cristais in vitro, a quitosana aumentou o número de cristais de OxCa monohidratados formados, modificou a morfologia desses cristais, modificou as proporções entre populações de cristais em solução e aumentou o potencial zeta desses cristais formados. Foram obtidas quatro moléculas de quitosana conjugadas com AG. As análises físico-químicas confirmaram que houve ligação covalente entre quitosana e AG, porém, não se observou uma conjugação de AG de forma dose-dependente. Quando estes derivados foram submetidas a testes antioxidantes, todas as quitosanas conjugadas apresentaram potencial antioxidante maior que seus percussores. Contudo, houve diferença de atividade entre as diferentes quitosanas conjugadas, indicando que a posição onde o AG está conjugado é um fator importante para determinação da atividade. Quando as quitosanas conjugadas foram submetidas aos testes de formação de cristais in vitro, houve uma redução na quantidade de cristais observados quando comparados com aqueles formados na presença da quitosana não-conjugada. A quitosana possui uma forte capacidade indutora de formação de cristais de OxCa monohidratados, bem como modifica sua morfologia e potencial zeta. O processo de conjugação de AG à quitosana levou a um aumento no potencial antioxidante dessa molécula e também foi capaz de diminuir sua capacidade de induzir à formação de cristais in vitro