Processos criativos com alunos-atores idosos: caminhos de uma dramaturgia de pertencimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Emanuella de Jesus Ferreira da
Orientador(a): Haderchpek, Robson Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20058
Resumo: O presente trabalho pretende expor uma experiência artístico-pedagógica através de um laboratório desenvolvido com alunos-atores senescentes a partir de seus arquivos de memória. Diferentemente de outros trabalhos desenvolvidos com alunos da terceira idade, fazemos uso dos arquivos da memória, onde a dramaturgia se dá a partir das improvisações desenvolvidas das lembranças, ou seja, o texto é construído e não apenas rememorado pelos alunos. Nosso trabalho, todavia, se constrói por um olhar de fora. As memórias afetivas narradas pelos alunos servem de motor para construção do texto e do espetáculo intitulado Vamos falar de Amor. Nesta experiência a professora-encenadora se transforma também em dramaturgista e faz uso de sua imaginação, que de certa forma, também vem revestida de suas próprias memórias, a fim de preencher os vazios deixados pela narrativa, num processo híbrido onde a memória coletiva se mistura a memória individual, metamorfoseando o épico em dramático. Apresentamos o percurso desenvolvido para chegarmos até a construção do texto e partimos do texto para a segunda escritura, o espetáculo. Queremos mostrar que a velhice é composta por diversos matizes, e que esta fase do desenvolvimento humano traz aspectos que se diferenciam de idoso para idoso, e que a educação e o teatro podem representar uma retomada do papel social do idoso no ambiente contemporâneo. Assim sendo, a dramaturgia de memória cria a dramaturgia de pertencimento facilitando em muitos aspectos o Jogo Cênico com esses idosos.