Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Luana Bezerra |
Orientador(a): |
Diniz, Raquel Farias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32038
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Resumo: |
A crise ecológica, relacionada intimamente às determinações do sistema capitalista, se destaca como um dos temas mais preocupantes no estudo das relações pessoa-ambiente. Estamos imersos em um modo de vida insustentável, que vê a natureza e as pessoas como recursos. Há algumas décadas, grupos de pessoas vêm buscando alternativas de estilos de vida que reduzam seu impacto sobre o meio ambiente. O estilo de vida, nessa perspectiva, se refere ao conjunto de ações efetivas, deliberadas e antecipadas que resultam na preservação da natureza. Assim, questiona-se: como se dão as experiências de pessoas que mudaram formas de pensar e práticas diárias, passando a vivenciar um estilo de vida orientado para a sustentabilidade? Para responder tal pergunta, este trabalho investigou as experiências de pessoas que vêm construindo em suas trajetórias visões e comportamentos que constituem estilos de vida sustentáveis. Para tanto, participaram da pesquisa pessoas que desenvolvem práticas de permacultura - uma ciência que visa à criação de ciclos de aproveitamento energético e benefício socioambiental mútuo na construção de habitações humanas sustentáveis. A investigação ocorreu em um encontro nacional de permacultura, no Cariri - CE. Como abordagem teórico-metodológica de base interpretativa e qualitativa, foi utilizada a teoria fundamentada, centrada na criação de esquemas conceituais por via da construção da análise abdutiva dos dados. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e diários de campo, e as/os 10 participantes foram selecionados/as via indicação/avaliação por pares. Os resultados mostraram que as questões motivadoras das mudanças de estilos de vida estão relacionadas a uma preocupação com: a degradação ambiental, questões socioeconômicas e o debate de gênero, que levaram à construção de um propósito de vida alinhado com uma busca por justiça socioambiental, hábitos alimentares conscientes e o desenvolvimento pessoal relacionado a autoconhecimento e espiritualidade. As/os participantes discorreram sobre uma sensibilização e transformação interna e posteriormente externa, enfatizaram estarem numa busca por coerência. As discussões propostas contribuem socialmente e ético-politicamente para avanços na compreensão dos comportamentos em face à crise humano-ambiental. |