Mediação formativa colaborativa no processo de inclusão escolar de um estudante cego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Francisca Iara Bezerra da Cunha
Orientador(a): Silva, Luzia Guacira dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57513
Resumo: A formação continuada de vertente colaborativa, em nosso parecer, é uma das vias de sustentação para o estabelecimento de práticas pedagógicas inclusivas. Tal premissa nos levou a desenvolver a pesquisa, em nível de Mestrado, de abordagem qualitativa, do tipo colaborativa (Ibiapina, 2016), de matriz etnográfica, aplicada via método de estudo de caso, intitulada: “Mediação Formativa Colaborativa no Processo de Inclusão Escolar de um Estudante Cego”. Traçamos como objetivo central analisar contribuições da mediação formativa colaborativa na prática pedagógica de um(a) professor(a) que têm em sala de aula um estudante com cegueira; o locus investigativo, uma escola de Ensino Fundamental – Anos Iniciais, da rede pública municipal da cidade de Natal/RN. Os sujeitos da pesquisa: 01 professora titular; 01 estudante com cegueira congênita. Para construção dos dados, utilizamos como instrumentos: a) entrevista semiestruturada aplicada com a professora participante; b) observação não participante; c) oficinas pedagógicas – com mediação colaborativa junto a professora; d) Diário de campo – para registro do observado e mediado; e) ensaio fotográfico da aplicação pela professora das estratégias e instrumentos mediados. A análise dos dados, à luz da literatura especializada, como: Zabala (1998); Pires (2019); Silva (2008; 2014; 2017; 2021); Dias (2020); Caiado (2014); Souza (2015); Ventorini (2009); Sá (2007); Mosquera (2010); Gandi (2010); Amorim (2008), Vygotsky (1997; 2019; 2021); Stainback; Stainback (1999), entre outros, considerou a realidade encontrada e os princípios da Análise de Conteúdo (Bardin, 1997). A pesquisa possibilitou à professora participante: a construção de informações e conhecimentos específicos relacionados à área do ensino a estudantes com cegueira; a promoção de mudança de concepções e da prática pedagógica desenvolvida e o aumento das expectativas positivas de aprendizagem em relação ao estudante cego. No que diz respeito ao estudante cego, possibilitou: visibilidade, no que diz respeito à aprendizagem dos conhecimentos escolares; maior e melhor participação nas atividades propostas; confiança e autonomia, assim como a minimização das barreiras na aquisição dos conteúdos ensinados. Em relação à prática pedagógica, evidenciamos que a professora reconheceu a capacidade de aprendizado do estudante com cegueira a partir do uso de recursos de acessibilidade adequados para esse fim. Consideramos, portanto, que os resultados alcançados refletem as proposições iniciais da pesquisa, em virtude de possibilitar ao aluno com cegueira melhorias concernentes à autonomia e à conquista da cidadania por meio de um ensino adequado à sua condição visual.