Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rolim Filho, Derance Amaral |
Orientador(a): |
Melo Júnior, Orison Marden Bandeira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28699
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo analisar a representação da formação ideológica da personagem protagonista do romance de ficção científica A Mão Esquerda da Escuridão, de Ursula K. Le Guin, de modo a compreender em que medida a filosofia chinesa do Taoísmo se manifesta na obra em questão e poder, então, trazer contribuições para os estudos dialógicos da literatura em seu diálogo com outras áreas do conhecimento — neste caso, com a filosofia — assim como para a fortuna crítica da obra. Para tanto, é realizada uma análise dialógica dos discursos da protagonista, principal narradora do romance, para identificar as reverberações de princípios taoístas — quais sejam, neste caso: yin-yang e não ação (inação, wu wei) —, tendo como corpus filosófico o texto milenar fundante do Taoísmo: o Tao Te Ching, de Lao-Tzu. A pesquisa faz uso da abordagem teórico-metodológica de Bakhtin e o Círculo, dispondo de conceitos como discurso, enunciado, heterodiscurso, refração, alteridade e ideologia, viabilizando a análise dialógica por meio do entendimento da filosofia taoísta como uma criação ideológica, como uma ideologia em sua acepção axiologicamente neutra do termo utilizada por Bakhtin e o Círculo — como um sistema de ideias constituído por refrações e materializado em signos (como palavras). A análise expõe um discurso marcado fortemente pelos princípios taoístas do yin-yang e da não ação (wu wei), os quais constituem o romance em suas várias dimensões: estão presentes nas falas do protagonista Genly, nas suas atitudes, ações e não ações (inações), nas suas escolhas estilísticas, na forma como estrutura a narrativa romanesca, como sequencia os capítulos, e até mesmo no cenário — além de se manifestar, em especial, na sua relação com a outra personagem principal do romance, Estraven, com quem divide a narração; esta relação se transforma ao longo da narrativa e representa a integração do protagonista Genly com o outro, com Estraven, a complementaridade dos opostos e a aceitação plena do diferente, a dualidade una do yin-yang. |