Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ivanizia Soares da |
Orientador(a): |
Ferreira, Gardênia Maria Holanda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23963
|
Resumo: |
Introdução: A asma é uma das doenças crônicas mais prevalentes do mundo e é considerada um sério problema de saúde pública. O seu tratamento se baseia em alcançar e manter um bom controle da doença. No entanto, na “vida real”, o controle subótimo da asma é frequente. Nesse sentido, o treinamento muscular inspiratório (TMI) pode ser uma boa alternativa para complementar a tradicional terapia medicamentosa. Objetivo: Avaliar a efetividade e segurança do TMI em indivíduos com asma. Métodos: Trata-se de ensaio clínico randomizado, duplo-cego. A amostra foi composta por 29 indivíduos asmáticos divididos em dois grupos: 14 participantes do grupo com carga leve (C15%) e 15 no grupo de treinamento com carga moderada (C50%). O TMI foi realizado 5 dias por semana, durante 6 semanas, com aparelho POWERbreathe®. As sessões consistiram de 30 repetições duas vezes por dia. Os indivíduos do C15% treinaram com carga de 15% da pressão inspiratória máxima (PImáx), enquanto o C50% treinou com 50% da PImáx. Inicialmente, os participantes foram submetidos a avaliações da função pulmonar. Em seguida, foram aplicados o Asthma Quality of Life Questionnaire (AQLQ, Questionário de Qualidade de Vida em Asma) e Asthma Control Questionnaire (ACQ, Questionário de Controle da Asma). A força muscular respiratória foi obtida pela PImáx e pela pressão expiratória máxima (PEmáx). Foram avaliados ainda o nível de dispneia antes e após o teste da caminhada de 6 minutos (TC6), através da escala de Borg CR10, e a capacidade funcional pela distância percorrida no TC6 (DTC6). Por fim, um diário de treinamento foi utilizado para registro de eventos adversos e adesão as sessões de TMI. As avaliações foram realizadas no início do estudo, após 6 semanas de treinamento e seis semanas após a cessação do treinamento. Resultados: Após 6 semanas de TMI, a PImáx aumentou 20,7 cmH2O e 33,1 cmH2O nos grupos C15% e C50%, respectivamente. A PEmáx mostrou um ganho de 10,4 cmH2O no grupo C50% e 8,1 cmH2O no grupo C15%. No AQLQ, foi observada uma provável melhora clínica (acima de 0,5) em dois domínios (limitação de atividade e função emocional) no grupo C15% e em todos os domínios no grupo C50%. No grupo C50%, houve ainda uma potencial redução de 1,13 e 1,42 pontos na escala de Borg CR10 antes e após o TC6, respectivamente. Ao final do TMI, não houve diferença no controle da asma, DTC6 e função pulmonar para ambos os grupos. Durante o período de treinamento, nenhum voluntário foi hospitalizado ou admitido em um serviço de emergência, nem houve relato de crise asmática devido ao TMI. A adesão ao TMI não foi analisada, uma vez que a grande maioria dos participantes não registraram as sessões realizadas no diário de treinamento. Seis semanas após a cessação do TMI, apenas 31% dos participantes retornaram para a avaliação. Assim, não foi possível incluir os efeitos da reversibilidade do treinamento em nossos resultados. Conclusões: Em indivíduos com asma, o TMI domiciliar com carga leve e moderada mostrou-se seguro e eficaz para aumentar a força dos músculos respiratórios e melhorar a qualidade de vida. Além disso, o treinamento com carga moderada reduziu o nível de dispneia. |