Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ana Carolina Nunes |
Orientador(a): |
Pellejero, Eduardo Anibal |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29687
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Resumo: |
Na perspectiva do filósofo esloveno Slavoj Žižek, a ideologia não é apenas algo imposto a nós, mas nossa relação espontânea com o mundo, operando de modo homólogo ao conceito lacaniano de fantasia. Segundo Lacan, pilar da filosofia de Žižek, a fantasia é uma forma de obnubilar as falhas da consistência da realidade simbólica, isto é, é uma forma de vínculo social que determina valor e significação em nossa realidade efetiva. A fantasia é, muitas vezes, uma ilusão inconsciente que nos faz desconsiderar nossa relação direta com a realidade socialmente compartilhada. Žižek insiste na existência de uma fantasia ideológica, já que a ideologia operaria como um obnubilamento da realidade, homólogo ao da fantasia. A partir de tal análise, o filósofo percebe que necessitamos permanecer na ficção, no poder da ilusão, para lidar com a ideologia. Obviamente, não em uma ilusão imaginária, mas naquela ilusão simbólica que incorpora o real. Dessa maneira, resta saber: se não há como sair da ideologia, se não existe estratégia de desalienação, já que a ideologia é a nossa maneira de nos relacionar com o mundo, como podemos identificar ou distinguir uma “ilusão verdadeira”, uma “fantasia real”, de uma ilusão imaginária imposta a nós? |