Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Rafael Turíbio Moraes de |
Orientador(a): |
Corso, Gilberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45821
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Resumo: |
A Lontra longicaudis (Olfers, 1818) é um mamífero carnívoro representante da família Mustelidae e subfamília Lutrinae com membranas interdigitais nos dedos das patas que permitem uma excelente adaptação ao estilo de vida semiaquático. É um animal arisco e de difícil visualização, devido a seus hábitos noturnos e crepusculares, principalmente no Nordeste do Brasil. Uma das maneiras de se estudar o habitat da espécie é através da observação indireta, juntamente com vestígios como carcaças, rastros, latrinas, muco anal e fezes. Existem diversas espécies de mustelídeos que interagem com populações pesqueiras por todo território mundial originando conflitos entre humanos vs animais, contudo há poucos estudos que abordam esse tema no território brasileiro. Apesar da distribuição da espécie ser considerada pelo IUCN (International Union for Conservation of Nature) como “Dados Insuficientes”, estudos recentes descrevem que a espécie é classificada como “Quase ameaçada” no Nordeste do Brasil e “Vulnerável” no domínio de Mata Atlântica devido ao alto nível de degradação do hábitat, especificamente o desmatamento das margens dos rios, pela pesca predatória, piscicultura e carcinicultura. Objetivando a descrição do habitat da Lontra longicaudis no Rio Grande do Norte, um amplo registro fotográfico do habitat da L. longicaudis, com destaque para os locais das latrinas, os locais de tocas, os locais de passagem de indivíduos e os locais típicos de alimentação. Posteriormente, objetivando a minimização do conflito entre lontras e pescadores da região ribeirinha do Estado, propusemos uma solução para melhoria dos apetrechos (covos) dos pescadores destruídos pelas lontras. Para isso, ciclos de entrevistas não sistemáticas (autorização ICMBio nº 32910) foram realizadas em cinco comunidades pesqueiras da Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guaraíras, entre os anos de 2018 e 2019, que ainda realizam a pesca do camarão de rio Macrobrachium sp. (Ordem: Decapoda; Família: Palaemonidae) utilizando covos artesanais, confeccionados com material oriundo da vegetação local. A principal preocupação apontada foi o interesse da L. longicaudis sobre os covos utilizados para pesca, os quais, são periodicamente quebrados pela lontra. Então, uma técnica que utiliza canos de PVC para a confecção dos covos foi apresentada e prontamente aceita pela população ribeirinha da APA Bonfim-Guarairas/RN, a qual prontamente logrou êxito para a pesca artesanal e gerou subsídios para conservação da L. longicaudis. Dentre as ideias elaboradas e discutidas com a população ribeirinha, faz-se necessário uma série de medidas públicas, em especial: melhoraria da legislação vigente; maior investimento em educação e programa de proteção ambiental; aperfeiçoamento do controle da poluição e desmatamento. Finalmente, um Estratégias e Ações das Lontras para o estado do Rio Grande do Norte foi elaborado no intuito de ser uma ferramenta essencial no norteamento de pesquisas, fomento de dados ecológicos e manejo eficiente e equilibrado das áreas habitadas pela lontra neotropical. |