Prevalência e susceptibilidade antifúngica de candida spp implicadas na candídiase vulvovaginal em gestantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Brandão, Laise Diana dos Santos
Orientador(a): Andrade, Vânia Sousa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23247
Resumo: A Candidíase Vulvovaginal (CVV) caracteriza-se como um processo infeccioso inflamatório da vulva e vagina, causado por leveduras do gênero Candida. Aproximadamente 75% de todas as mulheres grávidas experienciam pelo menos um episódio de CVV durante as suas vidas e 50% delas sofrem episódios recorrentes. As variações epidemiológicas relacionadas à CVV, e ausência de dados locais, sustentam a importância desse estudo, que objetivou a determinação da prevalência de Candida spp. responsáveis pela CVV em gestantes atendidas na Maternidade Escola Januário Cicco/RN, buscando possíveis associações entre esta e fatores como diabetes e uso de antibióticos. As metodologias clássicas (como o microcultivo) e atuais (utilizando Chromagar e identificação automatizada) foram empregadas, e seus resultados confirmados através de sequenciamento. Os perfis de susceptibilidade a antifúngicos foram determinados e, através do teste exato de Fisher, foi feita a busca por associação entre fatores relacionados às pacientes e a ocorrência de CVV. Os resultados da identificação foram compatíveis com o descrito na literatura por outros pesquisadores, com 95% das leveduras identificadas fenotipicamente como C. albicans, e 5% C. glabrata, relatada como espécie do tipo não-albicans mais frequentemente isolada de vulvovaginites. Quanto aos testes de susceptibilidade aos antifúngicos, realizados pelo método automatizado (Vitek 2), todas as cepas se mostraram sensíveis às drogas testadas (fluocitosina, fluconazol, voriconazol, anfotericina B, caspofungina e micafungina), inclusive o espécime de C. glabrata, que possui relatos de resistência, ou susceptibilidade dose dependente, aos derivados azólicos. Com relação aos fatores sociodemográficos, não foi constatada nenhuma associação, estatisticamente significativa, entre estes e o estabelecimento da CVV. Conclui-se, portanto, que o diagnóstico microbiológico da CVV é relevante para o tratamento, tendo em vista que todas as pacientes com suspeita clínica foram tratadas com antifúngicos logo após a coleta da amostra de secreção vaginal, mas apenas 48,78% destas, foram realmente positivas, sendo a espécie C. albicans prevalente, seguida pela C. glabrata.