Obtenção e avaliação do potencial imunoadjuvante de nanopartículas de quitosana na produção de antissoro contra a peçonha da serpente Crotalus durissus cascavella

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Fiamma Gláucia da
Orientador(a): Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26691
Resumo: O envenenamento por picada de serpente é uma doença tropical negligenciada em várias regiões do mundo. No Brasil, a serpente Crotalus durissus cascavella (CDC) pertence a um gênero com a peçonha de maior letalidade. A busca por novos imunoadjuvantes teve como objetivo ampliar as alternativas terapêuticas para melhorar as vacinas e soros antiveneno. Diante disso, esse estudo propôs a produção de nanopartículas de quitosana (NPQ) associadas a peçonha da CDC, por duas técnicas de associação: adsorção e incorporação, capazes de induzir uma resposta de anticorpos contra a peçonha da serpente CDC. O método de gelificação iônica induziu a formação de nanopartículas esféricas, estáveis e ligeiramente lisas (<160 nm) com eficiência de incorporação superior a 94%, para ambos os métodos de associação da peçonha. As interações entre proteínas da peçonha e as NPQ foram avaliadas usando espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier, que corroboraram com o comportamento de liberação in vitro das proteínas das nanopartículas. Por fim, a hiperimunização animal usando camundongos BALB/c demonstrou maior eficácia das NPQ associadas a peçonha da CDC, principalmente pelo método de adsorção, que produziu títulos de IgG mais elevados para as diferentes concentrações (0,5 e 1,0%) até a diluição de 1:6400 quando comparado com o hidróxido de alumínio, imunoadjuvante convencional. No método de incorporação também foi possível observar um maior título de anticorpos quando comparado aos anticorpos produzidos pelo hidróxido de alumínio, a partir da diluição 1:6400 até 1:25600 para a concentração de 0,5% e até a diluição de 1:3200 para a 1,0% da peçonha. Assim, as nanopartículas de quitosana associadas com a peçonha da CDC exibiram uma abordagem biotecnológica promissora para um futuro imunoadjuvante.