Narrativas humorísticas: esquemas e frames na compreensão do risível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cardoso, Caetana Araujo
Orientador(a): Costa, Marcos Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem
Departamento: Linguística Aplicada; Literatura Comparada
País: BR
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/16355
Resumo: A Linguística Cognitiva tem como um de seus principais objetivos descrever e analisar os processos de construção de sentido. Para isso, suas pesquisas pressupõem a existência de estruturas cognitivas oriundas das experiências sensório-motoras e socioculturais dos usuários da língua, as quais são acessadas pelo sujeito durante a compreensão textual. Fundamentada teoricamente nesta abordagem cognitiva da linguagem, esta dissertação tem como objetivo nuclear descrever e analisar como os domínios cognitivos - representados pelos esquemas e frames - permitem ao leitor depreender o risível em textos humorísticos. Entende-se por esquemas os domínios das informações construídas e armazenadas na mente do sujeito, oriundas de sua experiência corporal, como ao movimentar-se ou manipular objetos. Os frames, por sua vez, são os constructos que emergem a partir da interação, estabelecida de forma dinâmica e consensual, entre os sujeitos em contextos socioculturais específicos. Percorremos este caminho não somente por acreditarmos que o efeito de humor decorrente de um texto está subordinado à ativação e ao acionamento dos esquemas e frames armazenados na mente no leitor, como ainda por crermos na existência de vários níveis de compreensão, o que explica a recuperação de trechos humorísticos em um texto. Para confirmar a nossa hipótese, utilizamo-nos da aplicação de um experimento (uma atividade, com textos humorísticos, para alunos dos ensinos Fundamental e Médio registrarem sua compreensão). Para a análise dos resultados dessa atividade, apropriamo-nos, metodologicamente, do processo da introspecção (entendida como a intuição do pesquisador e a responsável pela produção de ideias e raciocínios ao manipular os dados). Durante a observação minuciosa do nosso experimento, chegamos à conclusão de que o humor é apreendido intelectualmente quando os esquemas e frames são confrontados