Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Morais, Tássia Louise Sousa Augusto de |
Orientador(a): |
Rezende, Adriana Augusto de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32709
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Resumo: |
A proteinúria, uma condição clínica comum após o transplante renal (TxR), tem causas multifatoriais. Há evidências que a ingestão elevada de proteínas da dieta pode influenciar nos desfechos da função renal no pós-TxR tardio. Sendo assim, há indicação de uma terapia nutricional com controle da ingestão de proteínas, porém existem lacunas sobre o real impacto das intervenções sobre parâmetros da função renal e outros aspectos pós-TxR. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de uma intervenção nutricional individualizada no pós-TxR tardio sobre a função renal, composição corporal e qualidade de vida de receptores de TxR em um Hospital Universitário de Natal/RN. Trata-se de um ensaio clínico, realizado com 20 pacientes, randomizados em grupo caso (n=10) – com intervenção nutricional composta por plano alimentar e orientações nutricionais individualizadas (1,0 g de proteína/Kg de peso/dia) após 60 dias de TxR, e grupo controle (n=10) – com orientações nutricionais voltadas para o pós-TxR oferecidas pelo hospital. Os grupos foram acompanhados nos períodos de pós-TxR imediato (T0), 3 (T3), 6 (T6) e 9 (T9) meses após o TxR, sendo avaliados quanto à função renal (concentrações de ureia, creatinina sérica e relação albumina:creatinina - RAC), perfil lipídico e glicêmico, avaliação dietética (registro alimentar de 3 dias), medidas antropométricas (IMC e Circunferência da Cintura) e composição corporal (DXA), além da avaliação da qualidade de vida (SF36), nível de atividade física (IPAQ) e rastreio para transtornos mentais (SRQ-20). Foi considerado como desfecho primário a redução na RAC. Os resultados apontaram redução de 30% dos valores médios da RAC, para o grupo caso no T6, sem diferença significativa intergrupos (p=0,886). Observou-se uma ingestão significativamente menor de energia em Kcal (p=0,004) e proteínas em g/Kg/peso (p=0,016), para o grupo caso, no T6, quando comparado ao controle. Houve melhora do quadro de dislipidemia, com valores médios de CT, LDL-c e TG dentro dos pontos de corte, para o grupo caso, ainda no T6, entretanto sem diferenças significativas com o controle (p=0,496). Os níveis glicêmicos do grupo caso não apresentaram redução, como percebido para o controle, no T6, mas mantiveram-se estáveis e com tendência para redução no T9 (p=0,690). O peso corporal foi mantido, para os pacientes do grupo caso, mas não foi observado redução do percentual de gordura corporal e aumento da massa magra, como verificado para o grupo controle, no T6 (p=0,964 e p=0,761, respectivamente). Observou-se correlação negativa entre a ingestão de proteínas e a massa gorda nos T0 (r=-0,523/p=0,018) e T6 (r=-0,636/p=0,048) para o grupo caso. Quanto à qualidade de vida, houve melhora significativa na pontuação do domínio ‘vitalidade’ do componente emocional (p=0,022), para o grupo caso, no T6. Em conclusão, a intervenção nutricional individualizada favoreceu o controle na ingestão de energia e proteínas no pós-TxR tardio, e isso pode ser importante para a redução do risco de proteinúria, melhora da qualidade de vida e manutenção do peso corporal, entretanto, pode-se observar redução da massa muscular. |