Relações florísticas e ambientais no litoral semiárido do Rio Grande do Norte, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moura, Edweslley Otaviano de
Orientador(a): Jardim, Jomar Gomes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25841
Resumo: O Brasil possui os maiores remanescentes florestais do planeta, uma grande complexidade de ambientes e alta diversidade de espécies. Toda essa biodiversidade está ameaçada principalmente pela intervenção humana em áreas naturais e mais intensamente na zona costeira, onde há os maiores conglomerados urbanos. Nesse contexto, a Caatinga e a Mata Atlântica podem ser considerados um dos domínios mais ameaçados no Brasil. Este trabalho objetivou responder o seguinte: 1) qual a composição florística ao longo de uma faixa de vegetação litorânea em ambiente semiárido? 2) há variação nessa composição? 3) quais os fatores ambientais que determinam a variação na composição de espécies dessas comunidades? 4) com quais domínios fitogeográficos as espécies possuem mais afinidade? Para isso, foram alocadas assistematicamente 120 unidades amostrais (UAs) de 10 × 10 m em seis blocos de 1 × 5 km ao longo da faixa costeira do litoral setentrional do Rio Grande do Norte. Em todas as UAs foi anotada a ocorrência de espécies de plantas de todos os hábitos. Os dados da florística foram relacionados com variáveis climáticas e analisados através dos softwares R e Microsoft Excel. Foram registradas 148 espécies e Fabaceae, Rubiaceae, Poaceae e Euphorbiaceae foram as famílias mais ricas. Três espécies exóticas também tiveram uma participação relevante nas comunidades vegetas, principalmente na região mais a oeste do estado e nas comunidades de primeira ocupação. Entre as variáveis levantadas, somente temperatura mensal máxima (Tmax) não teve colinearidade com as demais variáveis, sugerindo que temperatura de uma forma geral e a oferta de água, através da chuva, mais do que os outros fatores, é o que mais influencia na distribuição das espécies ao longo do litoral. A faixa do litoral a partir da porção central do estado em direção a oeste é mais relacionada entre si e a faixa no extremo leste forma um grupo distinto das demais regiões litorâneas da faixa setentrional do estado. A riqueza de espécies foi decrescente no sentido leste-oeste, o que juntamente com os maiores índices de precipitação, reflete a relação das regiões mais a leste com o domínio da Mata Atlântica. Quando se adentra para o interior a composição florística apresenta maior relação com o domínio fitogeográfico adjacente, a Caatinga. As formações litorâneas a partir da porção central até o extremo oeste do estado possuem uma maior relação com o domínio da Caatinga.