Leitura nas provas de matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sodré, Leila Telma Lopes
Orientador(a): Barbosa, Tatyana Mabel Nobre
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49256
Resumo: Este trabalho inscreve-se em dois campos articulados do saber: o das ciências da linguagem e o das ciências da educação. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida com o propósito de constituir uma reflexão sobre a leitura no contexto das políticas de avaliação em larga escala. Metodologicamente, a pesquisa caracterizou-se por sua natureza documental e bibliográfica e definiu como seu objeto de estudo as concepções de leitura subjacentes nos enunciados das questões das provas de Matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Ao assumir uma abordagem qualitativa, a investigação adotou procedimentos de interpretação de dados para responder à seguinte pergunta norteadora: Como as concepções de leitura fundamentam as questões das provas de Matemática do ENEM? Para encontrar possíveis respostas para essa indagação, a pesquisa dedicou-se à observação metódica do corpus constituído por enunciados constantes nos itens das provas de Matemática do ENEM (1998, 2009 e 2014) e em textos oficiais reguladores dessa avaliação em larga escala. Como parâmetros de interpretação, foram adotados os instrumentos propostos por Bardin (2016), cuja contribuição se insere na análise de conteúdo de enunciados. Os pressupostos teóricos adotados para fundamentar as discussões estão assentados em postulados formulados por Mikhail Bakhtin (2003; 2006), que defende noções relativas ao fazer significar pela linguagem, ao esforço do sujeito para compreender e interpretar o mundo como um todo arquitetônico, na medida em que se dá a interação verbal, o dialogismo, a subjetividade interpelada pela história, pela ideologia, pelo Outro. Nessa linha de abordagem, a pesquisa adere às contribuições teóricas de estudiosos brasileiros que repercutem os fundamentos bakhtinianos: Ângela Kleiman (1993), João Wanderley Geraldi (1995), Carlos Alberto Faraco (2010), Roxane Rojo (2011), Smole e Diniz (2011), Amorim e Barbosa (2014), Araújo e Barbosa (2014) e Lima e Noronha (2016), estas quatro últimas autoras voltadas aos interesses do campo de estudos da leitura no ensino da Matemática.