Imunidade recíproca e livre concorrência: considerações acerca de sua fruição por empresas estatais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos Junior, Fernando Lucena Pereira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19366
Resumo: O presente estudo se inicia por uma breve abordagem das imunidades tributárias em geral, tratando do seu conceito, natureza jurídica, classificações doutrinárias e limites. Em seguida, adentra-se na imunidade recíproca, desde seu nascimento nos Estados Unidos da América, suas justificativas, até seus desdobramentos atuais no Supremo Tribunal Federal brasileiro, que a tem ampliado de forma bastante considerável. A referida Corte a tem estendido para empresas estatais, mesmo se remuneradas por preços públicos ou tarifas, ou se um tanto afastadas de suas finalidades essenciais, em especial se forem prestadoras de serviços públicos. Dada essa vinculação, estes também são tratados, em tópico próprio, arrimados em propostas doutrinárias mais recentes e menos apegadas a históricos formalismos (vide a tal Supremacia do Interesse Público sobre o Privado). São os serviços públicos abordados em sua diversidade, alheia à natureza monolítica tradicional e afeita à doutrina moderna dos direitos fundamentais. Abordam-se ainda os princípios da livre iniciativa e livre concorrência, haja vista que nesse ambiente têm convivido de forma intensa os prestadores de serviço público, sejam eles agentes públicos ou privados. Em tópico dialético, os referidos institutos são colocados em discussão conjunta, tudo na tentativa de se investigar suas interações e propor critérios menos genéricos e afastados da realidade, para aferir a legitimidade da fruição da imunidade recíproca por determinados agentes. Vários cases da Corte são abordados individualmente, averiguando-se em cada um a aplicação dos critérios propostos, seja como atividade lógico-dedutiva como de aproximação da teoria da prática. Ao final, as conclusões se remetem a uma imunidade recíproca menos retórica e ideológica, e mais pragmática e consequencialista. Propõe-se o fim de regras gerais ou fórmulas abstratas de subsunção, com preocupações de um lado pela real manutenção do pacto federativo, e de outro, por uma ordem econômica sólida, sem vantagens inidôneas a determinados players, o que contraria frontalmente as premissas constitucionais.