Resumo: |
Com o aumento significativo da população idosa no Brasil, há uma preocupação crescente em relação à Qualidade de Vida (QV) desse público, que é vulnerável ao desenvolvimento de doenças biológicas e psíquicas, dentre estas patologias, destaca-se o Transtorno Depressivo que é considerado um problema de saúde publica. Estudos tem apontado que a frequência de realização de atividades prazerosas são fatores preventivos para o acometimento da depressão. Por essa razão, torna-se fundamental a realização de pesquisas que identifiquem aspectos que promovam uma melhor QV e previnam enfermidades. O objetivo do presente estudo foi analisar a correlação entre os níveis de engajamento em atividades gratificantes, sintomatologia depressiva e QV em pessoas idosas atendidas nas Unidades Básicas de Saúde e Família (UBSF) e nas que participam da Universidade Aberta à Maturidade (UAMA). O estudo foi conduzido com uma amostra de 100 participantes, sendo 50 do grupo da UAMA e 50 do grupo da UBSF, com idade variando de 60 a 85 anos. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e correlacional. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico e clínico, Inventário de Depressão de Beck (BDI), WHOQOL-Old, The California Older Person's Pleasant Events Schedule – OPPES-BR e Questionário de Engajamento em Mídias Sociais (QEMS). As análises foram realizadas com o software R, utilizando estatísticas descritivas e inferenciais. Os resultados indicaram que há uma correlação significativa (p<0,001) entre as variáveis depressão, atividades prazerosas e QV em pessoas idosas, evidenciando a inter-relação entre essas variáveis, bem como a influência do contexto socioeconômico. Conclui-se que as pessoas idosas vinculados a UAMA apresentam uma melhor QV, participam mais de atividades prazerosas e apresentam menos sintomas depressivos, enquanto o público idoso usuários das UBSF’s manifestaram sintomas depressivos alarmantes, percepção negativa da QV e menos frequência de atividades prazerosas. |
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